tag:blogger.com,1999:blog-69726030010394705032024-02-08T19:39:05.413+00:00Rimar contra a maréEste blogue destina-se a divulgar os meus poemas e dá-los a conhecer aos amantes da poesia. A minha poesia é simples sem sujeição a regras poéticas, faz uma abordagem da sociedade em que vivemos, das suas virtudes e dos seus defeitos e pretende-se que ele possa divulgar os valores éticos e de cidadania para construir um mundo melhor.António Silvahttp://www.blogger.com/profile/11246892721724722493noreply@blogger.comBlogger81125tag:blogger.com,1999:blog-6972603001039470503.post-71413712267481396942014-02-17T21:38:00.001+00:002014-02-17T21:38:30.392+00:00A Desumanização da sociedade<br />
A desumanização da sociedade <br />
Terá consequências imprevisíveis<br />
Crescem os conflitos entre pessoas<br />
E as dificuldades já são visíveis <br />
<br />
As novas gerações vivem fechadas <br />
Uma vida mecanicista e desumana<br />
Passam mais tempo com máquinas <br />
Do que passam na relação humana<br />
<br />
Habituados a serem obedecidos <br />
A terem tudo sem contrariedade<br />
Não aceitam opiniões diferentes <br />
A intransigência é uma realidade<br />
<br />
Acabaram as famílias numerosas <br />
Elas, são pequeninas no presente <br />
Dantes os recursos eram escassos<br />
Mas eram partilhados irmãmente <br />
<br />
A própria sociedade apostou tudo <br />
Nas virtudes do individualismo <br />
E criou as melhores condições <br />
Pró desenvolvimento do egoísmo<br />
<br />
Já não há diálogo nas famílias<br />
Que havia à hora das refeições <br />
E era muitas vezes aproveitada <br />
Para a troca franca de opiniões<br />
<br />
A família está hoje fragmentada<br />
Não há transmissão de valores <br />
Os pais, já não são a referência <br />
Esta geração não tem educadores <br />
<br />
Os professores também não são <br />
A referência das novas gerações <br />
A referência são os companheiros<br />
De luta, nas mesmas competições <br />
<br />
Qual o objectivo desta geração?<br />
Competir entre si e ter sucesso <br />
Acabaram os valores da partilha<br />
Há vitórias que são um retrocesso<br />
<br />
António Silva <br />
Agosto 2012<br />
António Silvahttp://www.blogger.com/profile/11246892721724722493noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6972603001039470503.post-90699245148355772782012-08-27T10:58:00.001+01:002012-08-27T11:03:34.171+01:00274 - O BIG BROTHER JÁ CÁ CHEGOUOrwell já o tinha anunciado há muito tempo e hoje é vísivel em toda a parte dentro e fora de empresas, centros comerciais, auto-estradas e em casa particulares a espionagem é global. Leiam e comentem.<br />
<br />
<br />
O Big Brother já cá chegou <br />
Como Orwell tinha anunciado<br />
Mil câmaras nos espreitam<br />
Um pouco por todo o lado <br />
<br />
Voltou o tempo dos espiões <br />
Da Guerra Fria e da ditadura<br />
Escutam-nos atrás das portas <br />
E pelo buraco da fechadura <br />
<br />
Há câmaras secretas e às claras<br />
Dizem que é para nossa segurança<br />
Mas alguém se vai sentir seguro <br />
No meio de tanta desconfiança?<br />
<br />
Há uns que espiam por inveja<br />
Outros espiam por curiosidade<br />
Mas também há quem nos espie<br />
Por ter suspeita de infidelidade<br />
<br />
Espiam-nos no espaço público <br />
Como nos espiam no privado <br />
Há os que avisam e outros não<br />
Sorria, você está a ser espiado <br />
<br />
Há quem defenda a privacidade<br />
E há também quem não a tema <br />
Fazem tudo para dar nas vistas<br />
Como sendo artistas de cinema<br />
<br />
Espiam-nos nas auto-estradas<br />
Nas ruas e centros comerciais <br />
Por dentro e fora dos bancos <br />
E espiam-nos nas redes sociais <br />
<br />
Câmaras são polícias de serviço<br />
Espalhadas por todo o Portugal<br />
Mas que estranha democracia<br />
Mais parece um Estado policial<br />
<br />
Este povo não sabe nem sonha <br />
Quanto estamos a ser vigiados<br />
E eles espiam as nossas vidas <br />
Sem sermos vistos nem achados<br />
<br />
António Silva, Abril de 2012 <br />
António Silvahttp://www.blogger.com/profile/11246892721724722493noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6972603001039470503.post-82923495439453484272012-06-04T13:01:00.001+01:002012-06-04T13:39:58.345+01:0077-Fernando PessoaNo mês da passagem de mais um aniversário do poeta Fernando Pessoa, dedico a todos os aniversariantes do mês de Junho.Leiam e comentem:<br />
I<br />
Nasceu em 13 de Junho de 1888<br />
No Largo de S. Carlos em Lisboa<br />
Foi poeta, escritor e jornalista<br />
De seu nome, Fernando Pessoa<br />
II<br />
Viveu e estudou na África do Sul<br />
Onde teve uma educação inglesa<br />
Defendeu a sua Pátria de sempre<br />
A sua amada, língua portuguesa<br />
III<br />
Conheceu pessoas importantes<br />
E teve delas boas lembranças<br />
Mas o melhor que há no mundo<br />
O melhor? São as crianças !<br />
IV<br />
Nunca casou, não teve filhos<br />
Mas nunca conheceu a solidão<br />
Ele criou uma grande família<br />
Todos filhos da sua imaginação<br />
V<br />
Alberto Caeiro, Álvaro Campos<br />
São alguns filhos da sua pena<br />
Um homem é sempre grande<br />
Quando a alma, não é pequena<br />
VI<br />
Surpreendem os seus poemas <br />
Só comparáveis aos de Camões <br />
Ele criou vários heterónimos<br />
Ninguém sabe porque razões <br />
VII<br />
"Todos os dias são meus<br />
Do nascer até ao morrer"<br />
Dos 47 anos que ele viveu<br />
Ainda há muito por saber<br />
VIII<br />
Fez da bebida sua companheira<br />
Porque se julgava mais forte<br />
Mas a bebida é má conselheira<br />
Em vez da vida, deu-lhe a morte<br />
IX<br />
Parabéns aos aniversariantes<br />
Do mês dos Santos Populares<br />
Mês de Junho, um país em festa<br />
Uma festa, em todos os lugares<br />António Silvahttp://www.blogger.com/profile/11246892721724722493noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6972603001039470503.post-8650482401108570432012-04-15T23:22:00.002+01:002012-04-15T23:25:02.944+01:00224-Estado Novo, 50 anos de ditaduraAproximamos de mais um aniversário do 25 de Abril, é bom mostrar aos mais jovens o que foi o antigo regime que deu lugar ao 25 de Abril, para eles compreenderem a história do país.<br /><br />Salazar criou um Estado Novo<br />Todo feito com ideias velhas <br />E guardou-o como um pastor <br />Guarda um rebanho de ovelhas<br /><br />Salazar recuperou as finanças<br />Deixou muito oiro como herança<br />Foi o preço de 50 anos de vida<br />Sem liberdade, nem esperança<br /><br />País atrasado e sem liberdade<br />No trabalho, na escola, na rua<br />Salazar não admitia opiniões <br />Que fossem diferentes da sua<br /><br />Salazar prendia e torturava<br />E mostrou com essas atitudes<br />Que a ditadura do Estado Novo<br />Nunca foi, um poço de virtudes<br /><br />Aljube,Tarrafal, Peniche, Caxias <br />Prisões politicas de má memória<br />Foram lá escritas com sangue<br />Páginas negras da nossa história<br /><br />Salazar foi um hábil negociador <br />Agradou a gregos e a troianos <br />Não fomos à guerra da Europa<br />Fomos à guerra d'África 13 anos<br /><br />Governou com mão de ferro <br />Uma ditadura suave de veludo <br />Tivemos um país sem direitos <br />Porque a Pide controlava tudo<br /><br />Nesse tempo havia emprego <br />Dizem muitos, mas sem razão<br />Um milhão emigrou p'rá Europa<br />Porque cá, não ganhava o pão<br /><br />Salazar quis parar o tempo <br />E fez tudo a bem da Nação <br />Mas o tempo veio a mostrar<br />Que Salazar, não tinha razãoAntónio Silvahttp://www.blogger.com/profile/11246892721724722493noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6972603001039470503.post-85707057508021932402012-04-15T23:09:00.003+01:002012-04-15T23:14:21.390+01:00263-A dívida é património imaterial de Portugalagora que nos estão a vender as empresas tudo para pagar as dívidas rsta-nos a dívida como património imaterial de Portugal.<br /><br />Oh Portugalinho de Barcelos <br />Viveste num mundo de ilusões <br />Endividaste-te mais que devias<br />E estás entregue aos tubarões <br /><br />Construiste pontes e estradas <br />Obras sem dinheiro, coisa rara<br />Em parcerias público-privadas<br />Que te custam os olhos da cara <br /><br />Fizeste a multiplicação dos pães<br />Sem teres dinheiros nenhuns <br />Mas agora quem paga somos nós <br />O negócio, que foi só de alguns <br /><br />Não o largavam os patos bravos<br />Como lobos a cercarem o bicho<br />Negócio feito, deitaram-no abaixo <br />Veio a Moody?s deitou para o lixo<br /><br />Mas ninguém pode dar o salto <br />Maior, do que a perna que tem <br />Quem come tudo, que tem hoje <br />Não vai ter que comer, amanhã<br /><br />Meu Portugalinho pequenino <br />Já tens mais, do que é preciso <br />Tens quase 900 anos de idade<br />Já tinhas idade para ter juízo<br /><br />Oh Portugalinho de Barcelos <br />Já perdeste o teu cantar altivo <br />Agora tens de pagar a dívida <br />Ou ainda, te vão depenar vivo<br /><br />Foram estádios e autoestradas<br />Expo, TGV, aeroportos parados <br />Pontes, túneis, Casa da música <br />Tudo com valores multiplicados <br /><br />Fizeste negócios ruinosos<br />Bancos falidos e corrupção <br />Mas quem vai pagar a dívida <br />Somos nós, até à 5ª geraçãoAntónio Silvahttp://www.blogger.com/profile/11246892721724722493noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6972603001039470503.post-36451023824381284642012-04-15T22:35:00.004+01:002012-04-15T23:08:24.590+01:00268-O país onde é proibido rirVive o país em clima de crise e tristeza e veio agora o Primeiro Ministro proibir o Carnaval. É caso para dizer é aguentar e cara triste. Sobre esse tema eu escrevi este poema:<br /><br />Com o país mergulhado na crise <br />Farto de promessas não cumpridas <br />Carregado de taxas, e de impostos <br />Querem tirar o riso às nossas vidas <br /><br />E vem agora o Primeiro Ministro <br />Proibir o Carnaval, uma asneira <br />Quer mostrar um país de trabalho<br />Onde ele, não admite brincadeira <br /><br />Mas se tristezas não pagam dívidas <br />Proibir o Carnaval é um mistério <br />Quer o Primeiro Ministro mostrar<br />Que este Portugal, é um país sério <br /><br />É muito triste viver num país<br />Onde até o riso é controlado <br />Qualquer dia ainda vamos ter <br />O riso do povo, nacionalizado<br /><br />Cabe ao Governo e ao Presidente <br />O exclusivo de dizer umas chalaças<br />Porque este povo é chocarreiro <br />E ainda goza com as desgraças<br /><br />Deu vontade de rir um ministro <br />Dizer aos professores para emigrar<br />Que devem procurar outro país <br />Que aqui, não há a quem ensinar <br /><br />Outro ministro convidou os jovens <br />A sairem da sua zona de conforto<br />E partirem pelo mundo à aventura<br />Que Portugal,está a dar pró torto<br /><br />Mas melhor foi o Presidente <br />A lamentar-se das suas pobrezas <br />Que as várias reformas juntas <br />Já não chegam para as despesas<br /><br />Pede o Primeiro Ministro sem rir<br />Mais sacrifícios do que é preciso <br />Com tanto zelo ainda nos vai criar <br />Algum novo imposto, sobre o risoAntónio Silvahttp://www.blogger.com/profile/11246892721724722493noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6972603001039470503.post-7736040757818433962012-04-08T19:40:00.001+01:002012-04-08T19:43:23.871+01:00148-Sebastião da Gama, aniversariante de AbrilEste poema é uma homenagem a um grande poeta, professor e humanista. Sebastião da Gama, aniversariante de Abril.<br /><br />Sebastião da Gama nasceu <br />Em Setúbal, na vila de Azeitão<br />Fez da Arrábida a sua amada <br />Seu grande amor e sua paixão<br /><br />A serra da Arrábida foi para ele<br />O seu grande amor da sua vida <br />Que ele canta nos seus poemas <br />Com uma sensibilidade sentida<br /><br />Liga de Protecção da Natureza <br />Foi obra criada, pela sua mão<br />Para proteger a Mãe-Natureza<br />Que ele amava, com devoção <br /><br />Quando ele nasceu em Abril<br />Estavam os campos em flor <br />A Primavera era uma donzela <br />À espera do seu grande amor<br /><br />Sebastião da Gama foi poeta <br />Grande humanista e professor<br />Em Lisboa, Setúbal e Estremoz<br />Deu provas de grande educador<br /><br />Ele conta as suas experiências<br />No seu "Diário" desde criança <br />Escreveu o livro "Serra-Mãe"<br />E "O Cabo da Boa Esperança"<br /><br />Protegeu a Natureza que amou<br />Porque sabia que estava certo<br />Escreveu: "Itinerário Paralelo"<br />E também o "Campo Aberto"<br /><br />A sua Casa-Museu em Azeitão <br />Lembra o poeta todos os anos<br />Nos livros "O segredo de Amar"<br />E "É pelo sonho que vamos"<br /><br />Parabéns aos aniversariantes <br />Do mês de Abril e das flores <br />Tenham muitos anos de vida <br />E muita felicidade aos amoresAntónio Silvahttp://www.blogger.com/profile/11246892721724722493noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-6972603001039470503.post-4912388692350347762012-04-08T19:37:00.001+01:002012-04-08T19:40:05.117+01:00273-Em nome da verdadeEm tempo de Páscoa é bom saber o que vale a pena comemorar. Sobre a Páscoa eu escrevi este poema. Leiam e comentem:<br /><br />Serve este poema para lembrar<br />O que há muitos anos aconteceu<br />Alguém amante da humanidade<br />Foi condenado à morte e morreu<br /><br />Foi crucificado em Jerusalém <br />Um homem de 33 anos de idade <br />Crucificado como rei dos judeus <br />Acusado de ser amante da verdade<br /><br />Foi um homem verdadeiro <br />Grande defensor da verdade<br />Pela verdade ele deu a vida <br />Para salvar a humanidade <br /><br />Amparou os fracos e enfermos<br />Defendeu a todos da má sorte<br />Foi perseguido pelos poderosos<br />E estes, o condenaram à morte<br /><br />Os poderosos usam a mentira <br />Para calar quem fale verdade<br />Para não pôr em causa o poder<br />Feito de enganos e de falsidade<br /><br />Com mentiras ele foi acusado<br />E todos os justos se calaram <br />Ninguém saiu em sua defesa<br />E pelo silêncio o condenaram<br /><br />Andamos todos preocupados <br />Com a maldade em vários tons <br />Mas hoje, o que mais preocupa<br />É este silêncio pesado dos bons <br /><br />Não é fácil viver em verdade<br />Nos tempos que hoje correm<br />Ainda há homens e mulheres<br />Por amor à verdade, morrem<br /><br />Na última Ceia disse aos discípulos<br />Sentindo que a vida chegava ao fim <br />"Tomai e bebei, isto é o meu corpo<br />E fazei isto, em memória de mim"António Silvahttp://www.blogger.com/profile/11246892721724722493noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6972603001039470503.post-43624869426498897722012-03-18T18:06:00.001+00:002012-03-18T18:07:59.852+00:00254-A dívida do nosso descontentamentoNão se fala noutra coisa senão na dívida e por isso também a dívida é tema de poemas, como este:<br /><br />Endividaram-se os países <br />E endividaram-se as pessoas<br />Porque tinham vidas más <br />Mas queriam ter vidas boas <br /><br />Fazer vida rica, é coisa boa <br />É ir à frente, ser o primeiro <br />Mas essa vida é muito cara <br />E precisa de muito dinheiro <br /><br />Muitos pobres já tentaram <br />Essa fascinante experiência <br />Mas poucos enriqueceram <br />A maioria foi toda à falência <br /><br />Ficam os pobres deslumbrados <br />Com a vida dos ricos e nobres <br />Só não sabem que, por cada rico <br />São precisos mais de mil pobres<br /><br />As pessoas não são todas iguais <br />Mas a desigualdade é exagerada<br />Para os ricos terem vida de ricos<br />Os pobres têm pouco, quase nada<br /><br />Não há tão grandes diferenças <br />Para tão grandes disparidades <br />E os ricos não trabalham tanto <br />Que justifique tais desigualdades<br /><br />Tanto pobre, por cada rico<br />Mas a riqueza não cai do ar <br />Nós sabemos que a maioria <br />Não enriqueceu a trabalhar <br /><br />Está a riqueza mal distribuída<br />Isso torna injusta a sociedade<br />E faz-nos corar de vergonha <br />Tanta pobreza e desigualdade<br /><br />As dívidas que só uns fizeram <br />Trazem hoje o país descontente <br />Os lucros foram só para alguns<br />E prejuízos, para toda a genteAntónio Silvahttp://www.blogger.com/profile/11246892721724722493noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6972603001039470503.post-43818252214820460382012-03-18T17:37:00.002+00:002012-03-18T17:48:31.667+00:00270-A violência doméstica existe. Porquê?Neste mês de Março em que se celebra o Dia da Mulher, escrevi este poema que afecta muitas mulheres no mundo. Em vez de falar dos efeitos dessa violência, eu interrogo-me porque razão existe, quais as causas?<br /><br />A violência doméstica existe<br />Vive connosco, lado a lado <br />Casais que se desentendem <br />Como acontecia no passado<br /><br />Explique-me quem souber <br />A causa de tanta maldade<br />Mas que causas justificam <br />Tão grande barbaridade?<br /><br />Insultos e desentendimentos<br />E tanta discussão irracional<br />Será teimosia ou mau feitio <br />Mas onde é que está o mal?<br /><br />Se toda a sociedade é violenta <br />Também é violento o nosso viver<br />Onde o sonho de todos é poder <br />Trabalhar, consumir ou morrer<br /><br />Será devido ao desemprego?<br />Aos trabalhos mal remunerados<br />Às longas viagens casa-emprego <br />Ou aos transportes superlotados<br /><br />Vidas de luta e competição<br />Em guerras permanentes<br />Filhos criados ao Deus-dará<br />Em casa de pais ausentes<br /><br />Vidas repetidas, estereotipadas <br />Onde a nossa paciência se esvai <br />Falta o dinheiro para a prestação <br />E o totoloto, que nunca mais sai<br /><br />Vivemos numa corrida louca <br />Onde não há tempo para nada <br />O amor é apressado e violado <br />Porque a mulher está cansada <br /><br />Mas se o homem não é de ferro <br />A mulher também não aguenta <br />E um dia por dá cá aquela palha<br />Vem a tempestade e...Rebenta!António Silvahttp://www.blogger.com/profile/11246892721724722493noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6972603001039470503.post-65964381748902126442012-02-21T22:27:00.000+00:002012-02-21T22:28:27.655+00:00226-Direitos de cidadania"Casa onde não há pão todos ralham e ninguém tem razão".<br /><br />Mas quem não contribuí para a resolução dos problemas colectivos, terá de se contentar com aquilo que os outros resolverem. Por isso é importante a participação cívica dos cidadãos na resolução dos problemas colectivos. Este poema fala disso mesmo. Leiam e comentem.<br /><br />Em democracia não há eles<br />Em democracia só há nós<br />Façamos um futuro melhor<br />Que fizeram os nossos avós<br /><br />...........................................<br /><br />Consumir é como votar<br />Cada um, decide como quer<br />As consequências virão depois<br />Daquilo que cada um, fizer<br /><br />............................................<br /><br />Não compre só por comprar<br />Não ceda ao apelo, compre já!<br />Tudo que é feito gasta recursos<br />Hoje há, mas amanhã, haverá?<br /><br />.............................................<br /><br />Tudo o que se desperdiça<br />E que não faz falta a você<br />Faz sempre falta a alguém<br />Se tem, não desperdice, dê<br /><br />..........................................<br /><br />Inovar é pensar diferente<br />Não se acomode, aprenda<br />Procure novas soluções<br />Seja positivo, surpreenda<br /><br />..........................................<br /><br />Lamentar não resolve nada<br />Já sei essa cantiga de cor<br />Simplifique, inove, sugira<br />Mas faça um mundo melhor<br /><br />.........................................<br /><br />Quem não participa em nada<br />Quem reclama tudo sem razão<br />É cúmplice do que não deseja<br />Porque se demitiu de cidadão<br /><br />............................................<br /><br />Os direitos não caem do céu<br />São fruto duma longa batalha<br />Não tem direito, a ter direitos<br />Quem não mexeu uma palha<br /><br />...........................................<br /><br />É tão bom exigir dos outros<br />Aquilo que a gente não faz<br />Os outros, resolvem-nos tudo<br />E nós? Nós, vivemos em paz<br /><br />............................................<br /><br />António Silva<br />Junho de 2011António Silvahttp://www.blogger.com/profile/11246892721724722493noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6972603001039470503.post-13149341412364093732012-02-21T22:25:00.000+00:002012-02-21T22:26:41.446+00:00261-O palavrão é uma armaFalar mal, dizer asneiras, faz parte da linguagem agressiva que marca as relações sociais das sociedades modernas. Ouvimo-las nas escolas, na estrada, nos estádios, na rua. É um fenómeno que tem vindo a expandir-se, e que nem as mulheres escapam a esta moda malcriada. Leiam e comentem:<br /><br />Os palavrões não são palavrinhas<br />Melodiosas, suaves bonitas de ler<br />São como as setas envenenadas<br />Bem violentas para fazer sofrer<br /><br />..............................................<br /><br />Os palavrões são como pedras<br />Usadas como arma de arremesso<br />São moeda de troca, no dia a dia<br />Que põe toda a moral do avesso<br /><br />..................................................<br /><br />Palavrões, eram coisa só de homens<br />Palavras carregadas de sexo, viris<br />Ditas fora do alcance das crianças<br />Para não ferir seus ouvidos infantis<br /><br />..................................................<br /><br />As crianças aprendem na escola<br />Palavrões vazios de inocência<br />Que usam sonoros, como tiros<br />Carregados de raiva e violência<br /><br />................................................<br /><br />Esta não é linguagem de santos<br />E que ninguém, no altar os ponha<br />Dizem palavrões de fazer corar<br />Qualquer adulto, com vergonha<br /><br />................................................<br /><br />Antigamente havia mais decoro<br />Linguagem nivelada por baixo<br />Fazia parte do negócio do sexo<br />Usado pela fêmea e pelo macho<br /><br />...............................................<br /><br />Já nem as mulheres escapam<br />A esta linguagem desbragada<br />Elas abusam dela a toda a hora<br />Alinham nesta moda malcriada<br /><br />..............................................<br /><br />E nós ouvimos a cada passo<br />Na escola, na rua, no trabalho<br />Palavrões que andam pelo ar<br />Cobrindo a todos de enxovalho<br /><br />..............................................<br /><br />Esta agressividade da sociedade<br />Faz parte desta louca competição<br />Vale tudo, o pontapé e a canelada<br />E o palavrão é usado à descrição<br /><br />...............................................<br /><br />António Silva<br /><br />Fevereiro de 2012António Silvahttp://www.blogger.com/profile/11246892721724722493noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6972603001039470503.post-44638981262299338702012-02-21T22:23:00.000+00:002012-02-21T22:24:25.850+00:00131-Tu ainda não viste o padeiroChega o Carnaval e esquecem-se os problemas e volta a animação e até os poetas se tornam mais brejeiros para alegrar as populações. Foi com esse espírito que escrevi este poema.<br /><br />Leiam e comentem.<br /><br />.............................................................<br /><br />"Tu ainda não viste o padeiro? "<br />Diz o povo, cheio de malandrice<br />Todos dizem que sim, que viram<br />Mesmo quem, ainda o não visse<br /><br />..............................................<br /><br />O padeiro faz bolas e cacetes<br />Amassa o pão bem amassado<br />Conta com a ajuda da mulher<br />Que o mantém, bem acordado<br /><br />............................................<br /><br />Enche a barriga a muita gente<br />Tanto homens, como mulheres<br />Trabalha o padeiro toda a noite<br />Não falte o pão, quando quiseres<br /><br />...............................................<br /><br />O padeiro, nunca trabalha só<br />Conta com a ajuda da mulher<br />Ela mete e tira o pão do forno<br />Quantas vezes o marido quiser<br /><br />...............................................<br /><br />Mais de mil bolas e cacetes<br />Ela meteu e tirou do forno<br />Mas há quem diga que ela<br />Não faz a ponta, dum corno<br /><br />..........................................<br /><br />Mas se o pão não fica igual<br />Diz o padeiro mal da sua vida<br />Ninguém quer bolas e cacetes<br />Que estejam fora, da medida<br /><br />.............................................<br /><br />Há muita gente que aprendeu<br />A fazer como o padeiro fazia<br />Começam logo de madrugada<br />E só acabam para o fim do dia<br /><br />..............................................<br /><br />Há os que têm jeito para isso<br />Que a prática, tudo melhora<br />Há uns que cozem pão em casa<br />E há outros que vão cozê-lo fora<br /><br />...............................................<br /><br />Mais importante é que no fim<br />Haja pão, para quem consome<br />Mesmo sem ter visto o padeiro<br />Ninguém, vai morrer de fome<br /><br />............................................<br /><br />António Silva<br /><br />Janeiro de 2010António Silvahttp://www.blogger.com/profile/11246892721724722493noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6972603001039470503.post-24894483804387066542012-02-21T22:20:00.000+00:002012-02-21T22:22:20.711+00:0041-Almeida Garrett aniversariante de FevereiroLembrar hoje a figura de Almeida Garrett, o politico, o escritor, o romântico, o homem de teatro, o militar, no mês do seu aniversário, aqui fica a minha homenagem ao primeiro romântico português.<br /><br />Leiam e comentem:<br /><br /> <br /><br />Almeida Garrett, nasceu<br />No Porto a 4 de Fevereiro<br />João Baptista da Silva Leitão<br />Era o seu nome verdadeiro<br /><br />..............................................<br /><br />Almeida Garrett poeta e escritor<br />Escreveu teatro, prosa e poesia<br />Fundou o Conservatório Nacional<br />O Panteão e o Teatro D. Maria<br /><br />...............................................<br /><br />Almeida Garrett, foi um dandy<br />Viajou na Europa e nos Açores<br />Amou a Viscondessa da Luz<br />Foi romântico de muito amores<br /><br />................................................<br /><br />Escreveu Viagens na minha terra<br />No campo do Vale de Santarém<br />D. Branca, Adozinda e Lucrécia<br />Garrett escreveu Camões também<br /><br />.................................................<br /><br />No parlamento foi óptimo orador<br />O discurso, nunca o compromete<br />Ele foi nomeado por D. Pedro IV<br />Como Visconde de Almeida Garrett<br /><br />...................................................<br /><br />Garrett desembarcou no Mindelo<br />Com os liberais ele cercou o Porto<br />Ele esteve exilado em Inglaterra<br />Quando a coisa, deu p'ró torto<br /><br />..................................................<br /><br />Escreveu o Frei Luís de Sousa<br />Sua obra dramática magistral<br />Onde ele, pergunta ao romeiro<br />Se não é ele, D. João de Portugal<br /><br />...................................................<br /><br />Estão de parabéns todos aqueles<br />Que nasceram no mês de Fevereiro<br />Sejam românticos como Garrett<br />Que em Portugal, foi o primeiro<br /><br />...................................................<br /><br />Sejam amantes da Natureza<br />E dos seus campos em flor<br />E no seu coração borbulhante<br />Nasça um forte e intenso amor<br /><br />................................................<br /><br />António Silva<br /><br />Fevereiro de 2009António Silvahttp://www.blogger.com/profile/11246892721724722493noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6972603001039470503.post-70788147008968148452012-01-08T10:55:00.002+00:002012-01-08T10:58:30.843+00:00Poema: Vieram cantar as Janeiras<span style="font-weight:bold;">Chega Janeiro e voltamos a ouvir cantar um pouco por todo o país as janeiras, sobre esta tradição eu fiz este poema dedicado a um grupo de pessoas que ouvi cantar as janeiras, espero que gostem, leiam e comentem.<br /> <br /> <br /> <br />Juntaram às suas vozes <br />Muita vontade de cantar<br /> Vieram cantar ao Menino<br />Belas cantigas de embalar<br /> <br />Não são reis, nem rainhas<br /> Vieram pelo seu próprio pé<br /> Vieram cantar as janeiras <br />E mostrar à gente, como é<br /> <br />Tanta gente, tanta alegria<br /> Tantas vozes, para ensaiar<br /> Valeu a pena esse trabalho<br />Para a todos nós encantar<br /> <br />Muitas vozes, tantas vozes<br /> Tantos corações a palpitar<br /> Eu vi muitas bocas a sorrir <br />E vi muitos olhos a brilhar<br /> <br />Nas mãos traziam prendas<br /> Prendas valiosas de verdade<br /> Numa mão traziam a alegria <br />E na outra mão, a amizade<br /> <br />Vieram cantar as janeiras <br />Neste mês frio de Janeiro <br />Fiquem, não vão embora<br />Cantem-nos o ano inteiro<br /> <br />O Carnaval é já em Fevereiro<br /> Cantem em Março a Primavera<br /> Em Abril cantem a liberdade <br />E Maio voltará a ser o que era<br /> <br />Cantem marchas em Junho <br />No S. António e no S. João <br />Descansem em Julho e Agosto<br />Dos calores do nosso Verão<br /> <br />Cantem vindimas em Setembro<br /> Em Outubro o Outono a chegar<br /> E o S. Martinho em Novembro <br />E cantem o Natal, para acabar</span>António Silvahttp://www.blogger.com/profile/11246892721724722493noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6972603001039470503.post-51547219114370811672012-01-08T10:47:00.002+00:002012-01-08T10:55:06.128+00:00Poema Festa do Reis ao Deus Menino de Belém<span style="font-weight:bold;">Para o dia de Reis, eu escrevi este poema em Janeiro de 2009. Espero que gostem, leiam e comentem.<br /> <br /> <br />Vieram de muito longe <br />Como todos bem sabeis<br /> Adorar o Deus menino <br />Que foi Rei, entre os reis<br /> <br /><br />Ele nasceu num estábulo <br />Pobre no meio da pobreza <br />A sua mensagem de amor <br />Era a sua maior riqueza<br /> <br /> <br />"Eu sou a verdade e a vida" <br />Disse aos desvalidos da sorte<br />E da sua palavra se fez luz <br />E afastou as trevas da morte<br /> <br /> <br />Defendeu os pecadores <br />Cristo a todos deu perdão<br />Prometeu um mundo novo<br />Ele foi o Rei da Conciliação<br /> <br /> <br />Fez a multiplicação dos pães<br />Repartindo-os com igualdade<br />A sua vida foi um exemplo <br />Ele foi Rei da solidariedade<br /> <br /> <br />Aos pobres e aos oprimidos <br />Deu palavras de confiança<br />Queria um mundo mais justo<br />Ele foi o rei da Esperança<br /> <br /> <br />Ele curou os enfermos <br />E a todos deu atenção<br />E a caridade fez dele<br />Rei da nossa Salvação<br /> <br /> <br />Ele espalhou pelo mundo<br />A sua mensagem de Rei <br />"Amai-vos uns aos outros <br />Como eu, sempre vos amei"<br /> <br /> <br />Teve amigos e inimigos <br />Foi traído por um dos seus <br />Os carrascos o crucificaram <br />Como o Rei, dos Judeus<br /> <br /><br /><span style="font-weight:bold;"></span></span>António Silvahttp://www.blogger.com/profile/11246892721724722493noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6972603001039470503.post-75997435031909483002011-12-11T19:19:00.003+00:002011-12-11T19:28:39.882+00:00Poema: O álcool é mau companheiroEm época de festas, há tendência para os excessos de bebidas alcóolicas. Não são as festas o lado pior mas sim a bebida de todo o ano, que cria habituação e vícia. Sobre o álcool eu escrevi este poema:<br /><br />O ÁLCOOL É MAU COMPANHEIRO<br /><br />O álcool é mau companheiro <br />E leva-nos por caminho errado<br />É muito melhor andar sozinho <br />Que andar mal acompanhado<br /><br />O álcool é uma grande ilusão<br />Que a todos promete felicidade<br />Desvia-nos do bom caminho<br />Para nos esconder a realidade<br /><br />O álcool não é santo milagreiro<br />O álcool não passa duma ilusão<br />Diz que aquece e que refresca<br />O álcool é um grande charlatão<br /><br />O álcool é como a maré<br />Que vai e vem sem parar <br />Promete mudar, e não muda<br />Vai, mas volta ao mesmo lugar<br /><br />O álcool faz mal aos filhos <br />Como já fez mal aos pais <br />Ele enfraquece os fortes <br />E faz os fracos, ainda mais <br /><br />Quem bebe demais já sabe<br />Que acaba por ficar borracho <br />O álcool torna todos iguais <br />Faz o nivelamento por baixo<br /><br />O álcool é um mentiroso<br />A todos promete felicidade<br />O álcool é um fala-barato <br />Que anda longe da verdade<br /><br />Quem se entrega à bebida <br />Perde a dignidade humana<br />Bebe para enganar os outros <br />Mas é a si, que ele engana <br /><br />Quem bebe para esquecer <br />Não resolve problema nenhum<br />Aos problemas que já tem <br />Ele vai acrescentar, mais um <br />António Silvahttp://www.blogger.com/profile/11246892721724722493noreply@blogger.com8tag:blogger.com,1999:blog-6972603001039470503.post-70902684190013876032011-12-11T19:05:00.002+00:002011-12-11T19:19:25.813+00:00Poema: O coração é fonte de amorFiz este poema sobre o coração, não o coração órgão, mas o coração que ama, sobre ele eu escrevi este poema, espero que gostem.<br /><br />O CORAÇÃO É FONTE DE AMOR<br /><br />Não vou falar do coração <br />Que bate entre pulmões <br />Que tanto bate de paixão<br />Como bate nas aflições<br /><br />Não vou falar das doenças <br />Vasculares e hipertensão<br />Nem do colesterol elevado <br />Devido a má alimentação <br /><br />Não vou falar do andar a pé <br />Exercício que tanta falta faz<br />Nem do álcool nem do tabaco <br />Dão calma, mas não são a paz<br /><br />Falo dos casamentos falhados<br />Que crescem cada vez mais <br />E das crianças que vivem sós <br />Em famílias mono parentais <br /><br />Da emancipação feminina<br />Que se bate pela mudança<br />Mas recusa a igualdade justa <br />E está sedenta de vingança<br /><br />O homem é amado e odiado<br />Acusado pela desigualdade<br />Quando a culpa é dos poderes<br />Que mandam nesta sociedade<br /><br />Uma sociedade sem crianças<br />Onde ser mãe só dá sarilhos<br />Que descrimina as mulheres<br />A terem o direito a ter filhos<br /><br />Um dia teremos bebés proveta<br />Vendidos em supermercados<br />Prontos a usar e sem trabalho<br />Perfeitos, gordinhos, já criados<br /><br />A culpa de todos estes males <br />É a falta de amor no coração <br />Que não pode viver sem amor <br />E ninguém ama, por obrigação<br />António Silvahttp://www.blogger.com/profile/11246892721724722493noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6972603001039470503.post-77555265350130993792011-12-04T21:29:00.003+00:002011-12-04T21:33:09.715+00:00Poema: Eu tive um sonho lindo este NatalEm plena época natalícia, sobre o Natal eu escrevi este poema em contra-corrente à situação económica e social do país.<br /><br />Tive um sonho este Natal <br />Eu vi toda a humanidade <br />A viver um mundo de paz <br />Cheio de justiça e verdade<br /><br />Cooperar em vez de competir<br />Sem invejas, em perfeita união<br />Vi repartir a riqueza produzida <br />Sem deixar ninguém sem pão<br /><br />Vi os filhos a cuidar dos pais <br />Quando os pais, são velhinhos <br />Como se fossem seus filhos<br />Com mil atenções e carinhos <br /><br />Vi o salário pagar o empenho <br />Que todo o empregado deve dar <br />E vi o patrão a repartir o lucro <br />Com aquele que o ajudou a criar<br /><br />Vi o marido a respeitar a mulher <br />E a mulher a respeitar o marido<br />Nunca ali se fez um divórcio <br />Ali não há lutas sem sentido<br /><br />E se alguém cai em desgraça <br />Acodem todos de mão cheia <br />Nunca ali ninguém enriqueceu<br />À custa da desgraça alheia <br /><br />Vi na escola alunos a aprender <br />A serem os homens de amanhã<br />Professores a ensinarem regras<br />Dum corpo são, em mente sã<br /><br />Vi todos os povos do mundo <br />A amarem e a proteger a Terra<br />A desfazerem incompreensões <br />Que levam à cobiça e à guerra<br /><br />Já ia o sol alto, quando acordei<br />Deste sonho lindo, pouco real <br />Sonho feito de muitos desejos <br />Para vos oferecer, neste Natal<br /><br />António Silvahttp://www.blogger.com/profile/11246892721724722493noreply@blogger.com6tag:blogger.com,1999:blog-6972603001039470503.post-42344940051267293102011-12-04T21:22:00.002+00:002011-12-04T21:27:16.183+00:00Poema: Centenário de Alves RedolNasceu em Dezembro de 1911, chamava-se Alves Redol e faria 100 anos este ano. Sobre a sua vida e obra eu fiz este poema:<br /><br />Seu nome era Alves Redol<br />E nasceu em Vila Franca <br />Terra de toiros e fandango<br />Tradições que o povo canta<br /><br />Emigrou para Angola <br />Tinha somente 16 anos<br />À procura de vida melhor <br />Que esta vida de enganos<br /><br />Alves Redol foi o pioneiro <br />Do neo-realismo em Portugal <br />Uma nova corrente literária <br />Contra a ditadura nacional <br /><br />Petenceu ao MUD e ao PCP<br />Que se opunham à ditadura <br />Foi censurado e foi preso <br />Sofreu a repressão e a tortura<br /><br />Viveu no Pinhão no Douro<br />Que ele conheceu até à Foz <br />Escreveu Vinhas de Sangue <br />Ao povo do Douro, deu voz<br /><br />Escreveu Marés e Porto Manso<br />A vida do povo à beira Tejo<br />Fanga, A Forja e Reinegros<br />Glória, uma aldeia do Ribatejo<br /><br />Escreveu Barranco de Cegos <br />Sua obra-prima por excelência<br />E também a Barca dos 7 Lemes <br />Foi um escritor da resistência<br /><br />Redol descreveu nos Gaibéus<br />A vida dos ceifeiros da Beira <br />E no livro Avieiros ele conta <br />A saga dos pescadores da Vieira<br /><br />Parabéns aos aniversariantes <br />Deste mês de Natal pequenino <br />Poucas festas e poucas prendas<br />Porque o país, está pobrezinho<br /><br />António Silvahttp://www.blogger.com/profile/11246892721724722493noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6972603001039470503.post-76546538380057900762011-12-04T21:04:00.004+00:002011-12-04T21:16:12.804+00:00Poema: 1961, ano de todas as mudanças50 anos depois de 1961, vamos rever esse ano e os acontecimentos e mudanças que mudaram o país.<br /><br />Corria o tempo, nesse tempo <br />Devagar, neste nosso Portugal <br />Salazar aprisionou os sonhos<br />E parou o tempo no país rural<br /><br />Nos fins dos anos cinquenta <br />Era a democracia ainda um mito<br />Delgado prometia em eleições <br />Salazar? Obviamente demito-o<br /><br />Vieram as greves e as prisões <br />Terminada a farsa eleitoral<br />1961, ano de todas as mudanças<br />Ano de início da guerra colonial<br /><br />Para Angola já e em força !!!<br />Defender a Pátria, manda Salazar<br />Cem mil embarcam para África <br />Para defender o nosso Ultramar<br /><br />Aos jovens, só resta escolher <br />Ir à guerra, ou então emigrar<br />Ficam os campos ao abandono<br />A esperança não pode esperar<br /><br />Faltam os braços nas fábricas <br />Mas a produção não pode parar <br />Saem mulheres de suas casas<br />Vão para as fábricas trabalhar<br /><br />Mas as mulheres fora de casa<br />Alteram a estrutura familiar<br />As crianças vão para a creche <br />E os pais velhos, vão para o lar <br /><br />Às velhas profissões caducas <br />Novas profissões vão dar lugar <br />Pronto a vestir, pronto a comer <br />O tempo é pouco para trabalhar<br /><br />Muda o mercado de trabalho<br />Para não parar o progresso <br />E da guerra vêm mensagens <br />"Adeus, até ao meu regresso"<br /><br />António Silvahttp://www.blogger.com/profile/11246892721724722493noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6972603001039470503.post-77385189795077514132011-11-06T17:12:00.002+00:002011-11-06T17:16:02.471+00:00Poema: Centenário do nascimento de Manuel da FonsecaNa passagem do centenário do seu nascimento, eu escrevi este poema dedicado à obra do escritor e poeta Manuel da Fonseca.<br /><br /><br />Manuel da Fonseca nasceu<br />Em Santiago do Cacém<br />Estudou no Liceu Camões<br />E em Belas Artes, também<br /><br />Foi escritor e foi poeta<br />Mas foi romancista primeiro <br />Foi neo-realista e fez parte <br />Do grupo Novo Cancioneiro <br /><br />Ele trabalhou na Indústria <br />No comércio e em publicidade <br />Participou em muitas tertúlias <br />Nesta Lisboa, velha cidade<br /><br />Era um artista a desenhar <br />E com desenhos fazia pirraça<br />Com divertidas caricaturas <br />De gente famosa da nossa praça<br /><br />Foi militante comunista<br />E lutou contra a ditadura <br />Foi escritor neo-realista<br />Este mestre da literatura<br /><br />Muitos dos livros que escreveu<br />Tiveram o Alentejo como tema <br />E alguns dos seus livros<br />Foram adaptados ao cinema<br /><br />Escreveu o Anjo no Trapézio <br />E um Vagabundo na Cidade<br />Escreveu o Fogo e as cinzas<br />Foi um escritor da liberdade<br /><br />Escritor do neo-realismo conta<br />A vida dos camponeses sem pão<br />Em Sam Jacinto e Aldeia Nova <br />Cerromaior e Tempo de solidão<br /><br />Parabéns aos aniversariantes <br />De Outubro, início da caça<br />Tenham muitos anos de saúde <br />Sempre em estado de graça<br /><br />António Silvahttp://www.blogger.com/profile/11246892721724722493noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6972603001039470503.post-71876030844987058922011-11-06T16:49:00.002+00:002011-11-06T17:06:45.445+00:00Poema: A evolução da humanidadeEm tempos de turbulência, desta crise financeira, económica, social, energética e ambiental, não podemos deixar de nos interrogar, como chegámos até aqui e olhando o passado e a nossa história, vemos que ela assenta, numa série de injustiças e barbaridades. Sobre isso eu escrevi este poema:<br /><br />A EVOLUÇÃO DA HUMANIDADE<br /><br />Toda a evolução das civilizações <br />Desde do tempo da Antiguidade<br />É feita de guerras e subjugações <br />Essa é a nossa triste realidade<br /><br />Povos a conquistarem povos <br />Guerras feitas, tudo por cobiça <br />Atrás de si deixam um rasto<br />De devastação e de injustiça<br /><br />Todo o sistema é predador<br />E só vive da desgraça alheia <br />É um poder feito de injustiça<br />Instável como o chão de areia <br /><br />Toda a evolução dos povos <br />É feita pelo triunfo do mal<br />Que já levou a humanidade <br />Bem perto da destruição total<br /><br />Quem tem dinheiro tem poder <br />Andam os dois de braço dado <br />O dinheiro é o dono do poder <br />Porque isto, anda tudo ligado <br /><br />Só a evolução pela democracia<br />Pelo saber e pelo conhecimento <br />Faz a evolução sem deixar atrás <br />Um rasto de dor e sofrimento <br /><br />Já não há valores, nem há ética <br />Acabaram os códigos de conduta<br />Vale tudo, para chegar ao poder <br />E pelo poder, toda a gente luta <br /><br />E toda esta louca competição <br />Para sermos mais competitivos <br />Pois só o dinheiro é que nos dá <br />O direito, a nós estarmos vivos<br /><br />A competição pelo dinheiro <br />É fundamental no capitalismo <br />Luta que já pôs a humanidade<br />Com um pé, à beira do abismo <br />António Silvahttp://www.blogger.com/profile/11246892721724722493noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6972603001039470503.post-34386278334082714152011-11-06T16:40:00.003+00:002011-11-06T16:49:06.952+00:00Poema: Ser voluntário, é ser solidárioEm tempo de crise, é quando mais precisamos uns dos outros, para ultrapassarmos as dificuldades que enfrentamos. <br />Neste ano do Voluntariado, escrevi este poema, que é uma homenagem a todos aqueles, que generosamente, oferecem de si, o seu tempo e a sua atenção a ajudar os que mais precisam. Bem hajam.<br /><br />O voluntário dá-se aos outros<br />E em troca, só espera gratidão<br />A dádiva vale sempre a pena <br />Porque é dada pelo coração<br /><br />Ser voluntário é dar de nós <br />Bons exemplos e boa vontade <br />Para minorar os males alheios<br />E repartir com eles, felicidade<br /><br />Os voluntários são mensageiros <br />De justiça e bem-aventurança<br />Eles semeiam por todo o mundo <br />As sementes boas da esperança<br /><br />A solidão não dá felicidade <br />Só há felicidade partilhada <br />Não se pode ignorar o outro<br />Sozinhos, não somos nada <br /><br />Não é rico, quem têm muito <br />Rico não é quem tem mais <br />A riqueza sem solidariedade <br />É pobre de valores espirituais <br /><br />Não são santos milagreiros <br />Mas fazem milagres de verdade <br />Acreditam num mundo melhor <br />Pela partilha da solidariedade<br /><br />O egoísmo não é virtude <br />De que nos possamos orgulhar <br />É a pobreza dos que têm muito<br />Mas tem tão pouco, para dar<br /><br />Tudo aquilo que se desperdiça <br />Tudo o que não faz falta a você<br />Faz falta, aquele que nada tem <br />Não desperdice o que tem, dê<br /><br />O voluntário é amigo do amigo<br />Ele é um amigo desinteressado<br />Que acredita num mundo melhor <br />Num mundo, por todos partilhado <br /> António Silvahttp://www.blogger.com/profile/11246892721724722493noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-6972603001039470503.post-27922910643510081532011-09-30T14:21:00.001+01:002011-09-30T14:24:10.302+01:00Poema: A corrida ao Ouro <br />Para quem vive em Portugal, já se apercebeu dum fenómeno novo, que invadiu as nossas vilas e cidades. Todos os dias abrem lojas de compra de ouro. Sobre o fenómeno eu escrevi este poema. <br /><br />A CORRIDA AO OURO<br /><br />Dantes chamavam-lhe penhores <br />Hoje, são casas de compra de ouro<br />Dantes só ia lá, quem precisava<br />Hoje, são eles a fazer o chamadouro<br /><br />Compram-nos o ouro e as pratas <br />E compram as jóias da família<br />E quando o ouro, se nos acabar <br />Também nos compram a mobília<br /><br />Depois de termos vendido o ouro <br />Para pagar a crise e as mordomias<br />Vão-se os aneis e ficam os dedos<br />Ficamos pobres e de mãos vazias<br /><br />Com o dinheiro que o patrão paga<br />Nós comprámos ouro, pró segurar <br />Mas o ouro, tal como o dinheiro <br />A mão que o deu, o torna a levar<br /><br />Neste Natal vai encolher o subsídio <br />Ficamos com metade do dinheiro<br />Mas as grandes fortunas não pagam <br />Para não fugirem p'ró estrangeiro<br /><br />Aqui, só os pobres pagam a crise <br />Porque estão habituados a pagar <br />Os ricos, ficam sempre de fora <br />Para a pobreza, não aumentar <br /><br />O patriotismo dos ricos é surdo<br />Não tem ouvidos para escutar<br />Como o dinheiro, não tem Pátria <br />Eles põem o dinheiro a vadiar<br /><br />O dinheiro adora a boa vida <br />E quer crescer, sempre mais <br />Adora off-shores e casinos <br />Vive bem em paraísos fiscais<br /><br />Mas nesta economia liberal <br />Onde o paraíso não é eterno <br />As promessas de felicidade <br />Acabam sempre no Inferno<br /><br />António Silva António Silvahttp://www.blogger.com/profile/11246892721724722493noreply@blogger.com0