Não somos um país atrasado por acaso, há razões que nos prendem a esse atraso. A desorganização das nossas vidas que é um mal, fez nascer em nós a "varinha mágica" que é o desenrascanço, e que nós, orgulhosamente, apontamos como virtude, mas eu diria que: só se desenrasca, quem se deixou enrascar. Como acabar com este ciclo vicioso?
Confrontando as nossas qualidades, com os nossos defeitos, para que os vejamos e os possamos emendar, mas será possível? É esse o objectivo deste poema.
O português é bombeiro
Das suas próprias aflições
Para desenrascar em Portugal
Somos quase dez milhões
É a desenrascar que nós somos
Dos melhores que há no mundo
Mas se não fosse a Europa
Este país, já tinha ido ao fundo
O desenrascanço e a cunha
São os maiores em Portugal
Um dia o desenrascanço
Vai ser Património Mundial
O português é homem de fé
Desenrascado quando calha
Mas com tanta desorganização
Já não há santo, que lhe valha
Viver neste país desorganizado
O português trabalha e sua
Enquanto houver um português
O desenrascanço, continua
Porque será que na Europa
Somos dos mais atrasados
Chicos Espertos não nos faltam
Que até são muito desenrascados
O português é desenrascado
Para mal dos nossos pecados
Muito do seu desenrascanço
É deixar os outros enrascados
Não tem hora de partir
Nem têm hora de chegar
Deixa tudo para a última hora
Para depois, desenrascar
Agora com a globalização
Temos que ganhar juízo
Se não nos organizamos
Desta vez, lá se vai o paraíso
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