Numa sociedade consumista, todas as oportunidades para comprar mais, por menos dinheiro, são sempre benvindas, mas muitas vezes deparamos com saldos, que não são verdadeiros saldos e por isso, podem "saldar-se" por uma desilusão.
Mas na voragem do consumo, vende-se muito gato por lebre, os vendedores fazem o seu papel e os consumidores devem fazer o seu. Este poema retrata as situações com que deparamos em época de saldos.
Os saldos são uma loucura
Como estes, não me lembro
Os saldos começam em Janeiro
E só acabam em Dezembro
Está na hora de deitar fora
Todos os monos do armazém
Saldam-se peças com medidas
Que não servem a ninguém
Chegada a época dos saldos
Anda toda a gente numa fona
Todos a quererem comprar
Peças ao preço da uva mijona
Há quem fabrique para saldos
E venda muito, a muita gente
Produtos de baixa qualidade
A comprador, pouco exigente
Quem tem dinheiro não espera
E compra durante todo o ano
Muitas vezes, o barato sai caro
E os saldos, são um engano
Os saldos deveriam de ser
As sobras do fim da estação
Mas há fábricas a produzir
Para vender nesta ocasião
Escolha bem o seu artigo
No momento de comprar
O lojista diz que não troca
Mas é obrigado, só se esgotar
É a grande loucura dos saldos
A preços imbatíveis, arrasantes
Todos acham os preços loucos
Loucos? eram os preços antes
Os lojistas baixam os preços
Para bater a concorrência
Com tanta baixa e rebaixa
Um dia, ainda vão à falência
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