Escrevi este poema para falar da violência doméstica. Esta realidade não é de agora, vem provavelmente desde o princípio da humanidade e chegou até aos nossos dias, porque tem sido tolerada e até aceite como "necessária" para manter a autoridade.
Este fenómeno da violência doméstica, que a maioria de nós julgava atingir só as mulheres, está a alargar-se e atinge também os homens, dizem as estatísticas que são quase 20% dos casos de violência doméstica.
O casamento sempre foi um luta pelo poder, que o amor conseguia diluir, mas as carências económicas ou afectivas acentuaram. Mas outras violências existem na nossa sociedade, toda ela muito violenta e que é preciso combater, para que a vida não se torne numa selva, onde impere a lei do mais forte.
Se um homem fala mais alto
Para manter a autoridade
É logo acusado de violência
Pelo resto da comunidade
Mas se um homem não diz nada
E cada um faz, aquilo que quer
Dizem que não tem personalidade
E até leva porrada da mulher
Perante tanta contestação
Que há-de um homem fazer?
Tanto é preso por ter cão
Como é preso, por não ter
O assunto, é demasiado sério
Para ser levado a brincar
Nós vemos, ouvimos e lemos
Mas continuamos a ignorar
São vítimas da violência
Crianças, mulheres e idosos
A violência é uma arma
Na mão dos poderosos
A violência dos tiranos
Persegue e tortura sem piedade
A violência é em toda a parte
Um atentado à liberdade
Para acabar com a tirania
Dos reis do império do medo
Denunciemo-los à sociedade
Em vez de guardar segredo
Lutemos, contra toda a violência
Em casa, na escola, na estrada
Em vez de fechar os olhos e dizer
Não sei, aqui? não se passa nada
Todos falam da violência do rio
Que destrói tudo à passagem
Mas ninguém fala da violência
Que as margens ao rio fazem
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Gostei Parabens
ResponderEliminar