Volta e meia vem a lume os problemas ligados às minorias, que apesar de o serem, existem, quer gostemos ou não delas, elas aí estão, são realidades que não se podem esconder. Mas as reações que vemos, são quase sempre filhas do desconhecimento geradoras de intolerâncias e então, agitam-se os medos, clama-se pela tradição e o preconceito levanta muros mentais, para descanso das nossas consciências. Sobre as minorias eu fiz este poema.
A hipocrisia e o preconceito
Vivem agarrados à tradição
São geradores de intolerância
Condenam uns, e outros não
Só as maiorias aprovam as leis
Elas representam a normalidade
Decidem da vida das minorias
Que estão sujeitas à sua vontade
Todos os cidadãos são iguais
Perante a lei da Constituição
Não podem ser discriminados
Pela raça, sexo ou religião
Há 50 anos muitas mulheres
Foram atiradas para a lama
Por terem ido antes de tempo
Com os namorados p'ra cama
O preconceito as condenou
Atirou-as para a prostituição
Até as familias as empurraram
Não lhes deram a salvação
Se o preconceito mandasse
Como nesse tempo mandava
Aquilo que vemos hoje por aí
Poucas ou nenhuma escapava
São faces da mesma moeda
Os dois actores da prostituição
O preconceito condena um
Mas por hipocrisia, o outro não
O casamento do mesmo sexo
Apenas aos dois diz respeito
Mas a maioria continua agarrada
À tradição e ao preconceito
Esta realidade não é de hoje
Vem do princípio da humanidade
Não é por fecharmos os olhos
Que deixa de ser uma realidade
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
isso fala de minorias msm ?mais que tipo?
ResponderEliminarEstimado amigo
ResponderEliminarNeste meu poema eu refiro, a prostituição e o casamento do mesmo sexo. Embora refira dum modo genérico a todas as minorias e os constrangimentos sociais, que por força das leis aprovadas, ou não, pela maioria, têm sobre elas.
Obrigado, pelo seu comentário, Escreva sempre.
Saudações amigas
António Silva