Vivêmos 50 anos um tempo demasiado parado, agarrados a preconceitos que tornaram as nossas vidas cinzentas, seguiu-se um período de revolução política que libertou muitos dos nossos sonhos e veio alterar os modos de vida.
A emancipação da mulher teve um aliado no pronto a vestir que rapidamente se impôs e ditou as suas leis. Todas essas mudanças, e o ritmo a que foram feitas, vieram baralhar as nossas referências. É esse tema que aqui é tratado neste poema.
Deu numa grande confusão
A emancipação feminina
Já quase não há distinção
Entre o menino e a menina
Com a moda do unissexo
As roupas, são todas iguais
Tudo é fabricado em série
Fabricar em série rende mais
Os rapazes usam calças
E as meninas, usam também
A mãe, usa as calças do pai
E o pai, usa as calças da mãe
Já quase não há diferenças
Entre a fêmea e o macho
Só despidos é que sabemos
Aquilo, que está por baixo
Cabelos curtos ou compridos
Tanto usam eles, como elas
Há cada vez menos diferenças
Entre os tachos e as panelas
Dantes, usavam elas brincos
Hoje, usam eles os manganões
Eles usam os brincos delas
Mas que grandes brincalhões
No passado, só ela se depilava
Hoje, também ele faz depilação
Se acabam com as diferenças
Também se acaba a atracção
Procura o homem na mulher
Aquilo que o homem não tem
Mas se ambos forem iguais
Ninguém, procura ninguém
Respeito e igualdade, sim!
Mas igualdade nos corpos? Não!
Continue a mulher a ser menina
E o homem continue a ser rapazão
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