Quem gosta de passear pelos campos, é muitas surpreendido pela aparição inesperada de grupos barulhentos de motos e motos 4, vindos não se sabe bem donde, impossível de passarem despercebidos de tão barulhentos que são e que deixam um rasto de destruição nos caminhos à sua passagem e da perturbação que fazem naqueles que procuram no campo um pouco de sossego.
Infelizmente parece ser mais uma moda que veio para ficar.
Apesar dos alertas dos ambientalistas, para a necessidade de reduzir os gases de efeito de estufa, nada trava estes novos cavaleiros do Apocalipse.
Foi a pensar neste fenómeno que eu fiz este poema.
No Portugal dos pobrezinhos
Quem não tem cão, caça com gato
Quem tem dinheiro, anda de jipe
Quem não tem, anda de moto 4
Fujam que vêm aí os bárbaros
Atravessando muros e valados
De moto, jipe e moto quatro
Vêm, mas não são desejados
Vêm em grupos barulhentos
Cavalgando demónios à solta
Eles deixam nos camponeses
Muitos sentimentos de revolta
Passam como cães raivosos
Rosnando por vinha vindimada
Destroem caminhos e campos
De bom, eles não trazem nada
Roncam motores pelas serras
Montes e vales do meu país
Poluição e alterações climáticas
Isto para eles, nada lhes diz
Não respeitam a Natureza
Embora digam dela gostar
Aqueles que amam a Natureza
Vêm de bicicleta ou a caminhar
Quem ama a Natureza
Não assusta os animais
Não destrói seus habitats
Com visitas prejudiciais
Venham a pé ou de bicicleta
Venham apreciar a Natureza
Venham respirar o ar puro
O silêncio e a sua beleza
Eles não sabem, nem sonham
O mal que à Natureza fazem
Deixam um rasto de destruição
Eles estão a mais, na paisagem
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Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarEstimado Jael
EliminarAgradeço o seu comentário ao meu poema, O seu comentário foca um outro ângulo da questão, mais na vertente de combate aos incêndios e a minha visão é mais ambientalista sobre os benefícios ou malefícios que os moto-4 provocam por onde passam. De qualquer modo agradeço o seu testemunho.
Escreva sempre.
António Silva