domingo, 13 de fevereiro de 2011

Poema: As contas nunca batem certas

Vive o país em crise, porque as despesas são maiores do que as receitas. Cabe ao governo equilibrar as contas para que a crise passe. Para isso o governo distribui o mal pelas aldeias, aumenta impostos, corta salários e subsidios, mas não vai às causas que deram origem à crise e sem combater as causas a crise irá continuar, e as causas são conhecidas de todos. Sobre o tema eu fiz este poema

As contas nunca batem certas
Crescem sempre para mais
Na hora de apresentar contas
Elas são diferentes das iniciais

Os nossos mestres de obras
Não ficam bem neste retrato
Nas contas que eles fazem
Dois e dois, não são quatro

Levam muito tempo a fazer
Mais tempo, que o esperado
Mas são obras muito valiosas
Obras de custo acrescentado

O erro, é igual à mentira
Errar, é como quem mente
Quem erra e não tem castigo
Erra uma vez e erra sempre

Castigavam-se as crianças
Que não sabiam a tabuada
Uma reguada por cada erro
E estes? Não levam nada?

O Estado não paga a horas
Anda com as contas relaxadas
E os privados põem na conta
Os juros, das contas atrasadas

O Estado não dá o exemplo
Devia de fazer, mas não faz
Mas faz bonitos discursos
Como fazia o Frei Tomás

O Zé Povinho paga tudo
Paga o certo e paga o errado
E ainda paga juros de mora
Quando paga atrasado

Custam-nos os olhos da cara
Tantos erros, tanto deslize
Com tantas contas erradas
Nunca mais, saímos da crise