terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

226-Direitos de cidadania

"Casa onde não há pão todos ralham e ninguém tem razão".

Mas quem não contribuí para a resolução dos problemas colectivos, terá de se contentar com aquilo que os outros resolverem. Por isso é importante a participação cívica dos cidadãos na resolução dos problemas colectivos. Este poema fala disso mesmo. Leiam e comentem.

Em democracia não há eles
Em democracia só há nós
Façamos um futuro melhor
Que fizeram os nossos avós

...........................................

Consumir é como votar
Cada um, decide como quer
As consequências virão depois
Daquilo que cada um, fizer

............................................

Não compre só por comprar
Não ceda ao apelo, compre já!
Tudo que é feito gasta recursos
Hoje há, mas amanhã, haverá?

.............................................

Tudo o que se desperdiça
E que não faz falta a você
Faz sempre falta a alguém
Se tem, não desperdice, dê

..........................................

Inovar é pensar diferente
Não se acomode, aprenda
Procure novas soluções
Seja positivo, surpreenda

..........................................

Lamentar não resolve nada
Já sei essa cantiga de cor
Simplifique, inove, sugira
Mas faça um mundo melhor

.........................................

Quem não participa em nada
Quem reclama tudo sem razão
É cúmplice do que não deseja
Porque se demitiu de cidadão

............................................

Os direitos não caem do céu
São fruto duma longa batalha
Não tem direito, a ter direitos
Quem não mexeu uma palha

...........................................

É tão bom exigir dos outros
Aquilo que a gente não faz
Os outros, resolvem-nos tudo
E nós? Nós, vivemos em paz

............................................

António Silva
Junho de 2011

261-O palavrão é uma arma

Falar mal, dizer asneiras, faz parte da linguagem agressiva que marca as relações sociais das sociedades modernas. Ouvimo-las nas escolas, na estrada, nos estádios, na rua. É um fenómeno que tem vindo a expandir-se, e que nem as mulheres escapam a esta moda malcriada. Leiam e comentem:

Os palavrões não são palavrinhas
Melodiosas, suaves bonitas de ler
São como as setas envenenadas
Bem violentas para fazer sofrer

..............................................

Os palavrões são como pedras
Usadas como arma de arremesso
São moeda de troca, no dia a dia
Que põe toda a moral do avesso

..................................................

Palavrões, eram coisa só de homens
Palavras carregadas de sexo, viris
Ditas fora do alcance das crianças
Para não ferir seus ouvidos infantis

..................................................

As crianças aprendem na escola
Palavrões vazios de inocência
Que usam sonoros, como tiros
Carregados de raiva e violência

................................................

Esta não é linguagem de santos
E que ninguém, no altar os ponha
Dizem palavrões de fazer corar
Qualquer adulto, com vergonha

................................................

Antigamente havia mais decoro
Linguagem nivelada por baixo
Fazia parte do negócio do sexo
Usado pela fêmea e pelo macho

...............................................

Já nem as mulheres escapam
A esta linguagem desbragada
Elas abusam dela a toda a hora
Alinham nesta moda malcriada

..............................................

E nós ouvimos a cada passo
Na escola, na rua, no trabalho
Palavrões que andam pelo ar
Cobrindo a todos de enxovalho

..............................................

Esta agressividade da sociedade
Faz parte desta louca competição
Vale tudo, o pontapé e a canelada
E o palavrão é usado à descrição

...............................................

António Silva

Fevereiro de 2012

131-Tu ainda não viste o padeiro

Chega o Carnaval e esquecem-se os problemas e volta a animação e até os poetas se tornam mais brejeiros para alegrar as populações. Foi com esse espírito que escrevi este poema.

Leiam e comentem.

.............................................................

"Tu ainda não viste o padeiro? "
Diz o povo, cheio de malandrice
Todos dizem que sim, que viram
Mesmo quem, ainda o não visse

..............................................

O padeiro faz bolas e cacetes
Amassa o pão bem amassado
Conta com a ajuda da mulher
Que o mantém, bem acordado

............................................

Enche a barriga a muita gente
Tanto homens, como mulheres
Trabalha o padeiro toda a noite
Não falte o pão, quando quiseres

...............................................

O padeiro, nunca trabalha só
Conta com a ajuda da mulher
Ela mete e tira o pão do forno
Quantas vezes o marido quiser

...............................................

Mais de mil bolas e cacetes
Ela meteu e tirou do forno
Mas há quem diga que ela
Não faz a ponta, dum corno

..........................................

Mas se o pão não fica igual
Diz o padeiro mal da sua vida
Ninguém quer bolas e cacetes
Que estejam fora, da medida

.............................................

Há muita gente que aprendeu
A fazer como o padeiro fazia
Começam logo de madrugada
E só acabam para o fim do dia

..............................................

Há os que têm jeito para isso
Que a prática, tudo melhora
Há uns que cozem pão em casa
E há outros que vão cozê-lo fora

...............................................

Mais importante é que no fim
Haja pão, para quem consome
Mesmo sem ter visto o padeiro
Ninguém, vai morrer de fome

............................................

António Silva

Janeiro de 2010

41-Almeida Garrett aniversariante de Fevereiro

Lembrar hoje a figura de Almeida Garrett, o politico, o escritor, o romântico, o homem de teatro, o militar, no mês do seu aniversário, aqui fica a minha homenagem ao primeiro romântico português.

Leiam e comentem:



Almeida Garrett, nasceu
No Porto a 4 de Fevereiro
João Baptista da Silva Leitão
Era o seu nome verdadeiro

..............................................

Almeida Garrett poeta e escritor
Escreveu teatro, prosa e poesia
Fundou o Conservatório Nacional
O Panteão e o Teatro D. Maria

...............................................

Almeida Garrett, foi um dandy
Viajou na Europa e nos Açores
Amou a Viscondessa da Luz
Foi romântico de muito amores

................................................

Escreveu Viagens na minha terra
No campo do Vale de Santarém
D. Branca, Adozinda e Lucrécia
Garrett escreveu Camões também

.................................................

No parlamento foi óptimo orador
O discurso, nunca o compromete
Ele foi nomeado por D. Pedro IV
Como Visconde de Almeida Garrett

...................................................

Garrett desembarcou no Mindelo
Com os liberais ele cercou o Porto
Ele esteve exilado em Inglaterra
Quando a coisa, deu p'ró torto

..................................................

Escreveu o Frei Luís de Sousa
Sua obra dramática magistral
Onde ele, pergunta ao romeiro
Se não é ele, D. João de Portugal

...................................................

Estão de parabéns todos aqueles
Que nasceram no mês de Fevereiro
Sejam românticos como Garrett
Que em Portugal, foi o primeiro

...................................................

Sejam amantes da Natureza
E dos seus campos em flor
E no seu coração borbulhante
Nasça um forte e intenso amor

................................................

António Silva

Fevereiro de 2009