Chega o bom tempo e as nossas caixas de correio enchem-se de convites para viagens a um preço aliciante, mas acompanhado duma demonstração comercial em que os participantes são convidados a comprar, é disso que fala este meu poema:
Estão na moda estas viagens
A preços baixos, um milagre !
Mas não há nada neste mundo
Que se dê... e não se pague
Passe um dia inesquecível
Viajando a preços de arrasar
Vai assistir a uma demonstração
E ninguém é obrigado a comprar
Primeiro, enchem-lhe a barriga
Para ficar um pouco adormecido
E no fim da demonstração
Você, já está meio convencido
Você não queria comprar nada
Mas eles estão lá p'ró convencer
Eles não vivem só das viagens
O negócio deles mesmo,é vender
Eles usam todos os argumentos
Conforme instruções da empresa
O que você pagou pela viagem
Não paga metade da despesa
Qualquer pessoa lhes dá razão
Mesmo que esteja indecisa
Você sente que está em dívida
E compra coisas, que não precisa
Falam-lhe dos juros do banco
E do dinheiro que lá tem
Pouco rende e com a inflação
Pouco ou nada vale, amanhã
Então? não nos compra nada?
Não faça figura de forreta
Compre-nos qualquer coisa
Leve ao menos uma vaporeta
Os artigos que você comprou
Custam o dobro ou muito mais
Mas você leva prendas para todos
Prós filhos, prós netos e prós pais
domingo, 29 de maio de 2011
Poema: Delinquência juvenil
Numa semana em que o país tomou conhecimento da violência gratuita entre jovens, este poema feito em Maio de 2009 dá um retrato da delinquência juvenil e das razões que estão por detrás. Aqui vos deixo este poema sobre o tema:
Foi tão maltratado na infância
Que só aprendeu a maltratar
Faz aquilo que lhe ensinaram
Que mais poderiamos esperar
"Tu não prestas para nada"
Disseram-lhe, era ele menino
Disseram-lhe tantas vezes isto
Que ele seguiu, esse destino
Andam zangados com o mundo
Eles não pediram para nascer
Julgam que todos lhe devem
E a ninguém querem obedecer
Estas, são crianças infelizes
Espalham à volta infelicidade
Riscam carros, partem coisas
Elas são o fruto da sociedade
Crianças criadas sem afecto
Crescendo entre jogos e TV
Imitam tudo aquilo que vêem
E depois, é aquilo que se vê
Não lhe faltam maus exemplos
Tantos, que até parece natural
Elas não fazem nada bem feito
À sua volta só vêem fazer mal
São filhos de pais ausentes
Não têm respeito a ninguém
Órfãos, filhos de pais vivos
Não reconhecem pai, nem mãe
Já provaram todos os vícios
E comeram do fruto proibido
Como não foram contrariados
Julgam que tudo é permitido
O que os pais não fizeram
Não é a escola que o fará
Que será destes meninos
Criados assim, ao Deus-dará
Foi tão maltratado na infância
Que só aprendeu a maltratar
Faz aquilo que lhe ensinaram
Que mais poderiamos esperar
"Tu não prestas para nada"
Disseram-lhe, era ele menino
Disseram-lhe tantas vezes isto
Que ele seguiu, esse destino
Andam zangados com o mundo
Eles não pediram para nascer
Julgam que todos lhe devem
E a ninguém querem obedecer
Estas, são crianças infelizes
Espalham à volta infelicidade
Riscam carros, partem coisas
Elas são o fruto da sociedade
Crianças criadas sem afecto
Crescendo entre jogos e TV
Imitam tudo aquilo que vêem
E depois, é aquilo que se vê
Não lhe faltam maus exemplos
Tantos, que até parece natural
Elas não fazem nada bem feito
À sua volta só vêem fazer mal
São filhos de pais ausentes
Não têm respeito a ninguém
Órfãos, filhos de pais vivos
Não reconhecem pai, nem mãe
Já provaram todos os vícios
E comeram do fruto proibido
Como não foram contrariados
Julgam que tudo é permitido
O que os pais não fizeram
Não é a escola que o fará
Que será destes meninos
Criados assim, ao Deus-dará
segunda-feira, 9 de maio de 2011
Poema: Hoje ninguém quer trabalhar
Celebra-se em Maio o Dia do Drabalhador, trabalhador que quer ver o seu valor reconhecido, mas a par disso, assistimos a uma desregulação do mercado de trabalho, onde os salários baixam e só aumenta a precariedade.
Os trabalhadores têm cada vez menos razões para festejar o Dia do Trabalhador. Sobre este tema eu fiz este poema.
O trabalho já não tem valor
Só barato o querem comprar
E trabalhar só para aquecer
Já ninguém quer trabalhar
Todo o valor está no dinheiro
O trabalho foi marginalizado
Só dão valor ao trabalhador
Quando puder ser explorado
Nesta sociedade mercantilista
Tem valor, quem dinheiro tem
Por isso todos querem ser ricos
E não trabalhar para ninguém
Tudo aparece feito por encanto
Ao toque dum botão ou pedal
Quase tudo está automatizado
Já só falta o trabalho manual
Só o trabalho produz riqueza
Tudo o resto é especulação
O que cresce daqui, falta dali
A riqueza, só muda de mão
As sociedades do presente
Precisam todas da emigração
Sociedades que não têm filhos
Estão condenadas à extinção
Para manter este nível de vida
É preciso alguém para trabalhar
Mas se ninguém quer ter filhos
O nosso nível de vida, vai baixar
Vemos patrões a lamentarem-se
Não há ninguém para trabalhar
A pagarem salários de miséria
Que outra coisa seria de esperar
O tempo dos escravos acabou
O tempo, já não volta para trás
Quem quer trabalho que o pague
É preciso dar valor a quem o faz
Os trabalhadores têm cada vez menos razões para festejar o Dia do Trabalhador. Sobre este tema eu fiz este poema.
O trabalho já não tem valor
Só barato o querem comprar
E trabalhar só para aquecer
Já ninguém quer trabalhar
Todo o valor está no dinheiro
O trabalho foi marginalizado
Só dão valor ao trabalhador
Quando puder ser explorado
Nesta sociedade mercantilista
Tem valor, quem dinheiro tem
Por isso todos querem ser ricos
E não trabalhar para ninguém
Tudo aparece feito por encanto
Ao toque dum botão ou pedal
Quase tudo está automatizado
Já só falta o trabalho manual
Só o trabalho produz riqueza
Tudo o resto é especulação
O que cresce daqui, falta dali
A riqueza, só muda de mão
As sociedades do presente
Precisam todas da emigração
Sociedades que não têm filhos
Estão condenadas à extinção
Para manter este nível de vida
É preciso alguém para trabalhar
Mas se ninguém quer ter filhos
O nosso nível de vida, vai baixar
Vemos patrões a lamentarem-se
Não há ninguém para trabalhar
A pagarem salários de miséria
Que outra coisa seria de esperar
O tempo dos escravos acabou
O tempo, já não volta para trás
Quem quer trabalho que o pague
É preciso dar valor a quem o faz
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155- Trabalho
domingo, 8 de maio de 2011
Poema : O coração é fonte de amor
O mês de Maio é o mês dedicado ao coração, que tem sido objecto de muitos poemas. Quase todos falam do coração como o símbolo do amor, sobre ele eu fiz uma abordagem diferente, mais vista pelo lado da sociedade em que vivemos.
Não vou falar do coração
Que bate entre pulmões
Que tanto bate de paixão
Como bate nas aflições
Não vou falar das doenças
Vasculares e hipertensão
Nem do colesterol elevado
Devido a má alimentação
Não vou falar do andar a pé
Exercício que tanta falta faz
Nem do álcool nem do tabaco
Que só dão, a ilusão de paz
Falo dos casamentos falhados
Que crescem cada vez mais
E das crianças que vivem sós
Em famílias mono parentais
Da emancipação feminina
Que se bate pela mudança
Que recusa a igualdade justa
E está sedenta de vingança
O homem é amado e odiado
Acusado pela desigualdade
Quando a culpa é dos poderes
Que mandam nesta sociedade
Uma sociedade sem crianças
Onde ser mãe só dá sarilhos
Que descrimina as mulheres
E tira o direito a terem filhos
Um dia teremos bebés proveta
Vendidos em supermercados
Prontos a usar e sem trabalho
Perfeitos, gordinhos já criados
A culpa de todos estes males
É a falta de amor no coração
Que não pode viver sem amor
E ninguém ama por obrigação
Não vou falar do coração
Que bate entre pulmões
Que tanto bate de paixão
Como bate nas aflições
Não vou falar das doenças
Vasculares e hipertensão
Nem do colesterol elevado
Devido a má alimentação
Não vou falar do andar a pé
Exercício que tanta falta faz
Nem do álcool nem do tabaco
Que só dão, a ilusão de paz
Falo dos casamentos falhados
Que crescem cada vez mais
E das crianças que vivem sós
Em famílias mono parentais
Da emancipação feminina
Que se bate pela mudança
Que recusa a igualdade justa
E está sedenta de vingança
O homem é amado e odiado
Acusado pela desigualdade
Quando a culpa é dos poderes
Que mandam nesta sociedade
Uma sociedade sem crianças
Onde ser mãe só dá sarilhos
Que descrimina as mulheres
E tira o direito a terem filhos
Um dia teremos bebés proveta
Vendidos em supermercados
Prontos a usar e sem trabalho
Perfeitos, gordinhos já criados
A culpa de todos estes males
É a falta de amor no coração
Que não pode viver sem amor
E ninguém ama por obrigação
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