Celebra-se em Maio o Dia do Drabalhador, trabalhador que quer ver o seu valor reconhecido, mas a par disso, assistimos a uma desregulação do mercado de trabalho, onde os salários baixam e só aumenta a precariedade.
Os trabalhadores têm cada vez menos razões para festejar o Dia do Trabalhador. Sobre este tema eu fiz este poema.
O trabalho já não tem valor
Só barato o querem comprar
E trabalhar só para aquecer
Já ninguém quer trabalhar
Todo o valor está no dinheiro
O trabalho foi marginalizado
Só dão valor ao trabalhador
Quando puder ser explorado
Nesta sociedade mercantilista
Tem valor, quem dinheiro tem
Por isso todos querem ser ricos
E não trabalhar para ninguém
Tudo aparece feito por encanto
Ao toque dum botão ou pedal
Quase tudo está automatizado
Já só falta o trabalho manual
Só o trabalho produz riqueza
Tudo o resto é especulação
O que cresce daqui, falta dali
A riqueza, só muda de mão
As sociedades do presente
Precisam todas da emigração
Sociedades que não têm filhos
Estão condenadas à extinção
Para manter este nível de vida
É preciso alguém para trabalhar
Mas se ninguém quer ter filhos
O nosso nível de vida, vai baixar
Vemos patrões a lamentarem-se
Não há ninguém para trabalhar
A pagarem salários de miséria
Que outra coisa seria de esperar
O tempo dos escravos acabou
O tempo, já não volta para trás
Quem quer trabalho que o pague
É preciso dar valor a quem o faz
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