domingo, 29 de maio de 2011

Poema: Viagens de negócios

Chega o bom tempo e as nossas caixas de correio enchem-se de convites para viagens a um preço aliciante, mas acompanhado duma demonstração comercial em que os participantes são convidados a comprar, é disso que fala este meu poema:

Estão na moda estas viagens
A preços baixos, um milagre !
Mas não há nada neste mundo
Que se dê... e não se pague

Passe um dia inesquecível
Viajando a preços de arrasar
Vai assistir a uma demonstração
E ninguém é obrigado a comprar

Primeiro, enchem-lhe a barriga
Para ficar um pouco adormecido
E no fim da demonstração
Você, já está meio convencido

Você não queria comprar nada
Mas eles estão lá p'ró convencer
Eles não vivem só das viagens
O negócio deles mesmo,é vender

Eles usam todos os argumentos
Conforme instruções da empresa
O que você pagou pela viagem
Não paga metade da despesa

Qualquer pessoa lhes dá razão
Mesmo que esteja indecisa
Você sente que está em dívida
E compra coisas, que não precisa

Falam-lhe dos juros do banco
E do dinheiro que lá tem
Pouco rende e com a inflação
Pouco ou nada vale, amanhã

Então? não nos compra nada?
Não faça figura de forreta
Compre-nos qualquer coisa
Leve ao menos uma vaporeta

Os artigos que você comprou
Custam o dobro ou muito mais
Mas você leva prendas para todos
Prós filhos, prós netos e prós pais

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