domingo, 15 de abril de 2012

224-Estado Novo, 50 anos de ditadura

Aproximamos de mais um aniversário do 25 de Abril, é bom mostrar aos mais jovens o que foi o antigo regime que deu lugar ao 25 de Abril, para eles compreenderem a história do país.

Salazar criou um Estado Novo
Todo feito com ideias velhas
E guardou-o como um pastor
Guarda um rebanho de ovelhas

Salazar recuperou as finanças
Deixou muito oiro como herança
Foi o preço de 50 anos de vida
Sem liberdade, nem esperança

País atrasado e sem liberdade
No trabalho, na escola, na rua
Salazar não admitia opiniões
Que fossem diferentes da sua

Salazar prendia e torturava
E mostrou com essas atitudes
Que a ditadura do Estado Novo
Nunca foi, um poço de virtudes

Aljube,Tarrafal, Peniche, Caxias
Prisões politicas de má memória
Foram lá escritas com sangue
Páginas negras da nossa história

Salazar foi um hábil negociador
Agradou a gregos e a troianos
Não fomos à guerra da Europa
Fomos à guerra d'África 13 anos

Governou com mão de ferro
Uma ditadura suave de veludo
Tivemos um país sem direitos
Porque a Pide controlava tudo

Nesse tempo havia emprego
Dizem muitos, mas sem razão
Um milhão emigrou p'rá Europa
Porque cá, não ganhava o pão

Salazar quis parar o tempo
E fez tudo a bem da Nação
Mas o tempo veio a mostrar
Que Salazar, não tinha razão

263-A dívida é património imaterial de Portugal

agora que nos estão a vender as empresas tudo para pagar as dívidas rsta-nos a dívida como património imaterial de Portugal.

Oh Portugalinho de Barcelos
Viveste num mundo de ilusões
Endividaste-te mais que devias
E estás entregue aos tubarões

Construiste pontes e estradas
Obras sem dinheiro, coisa rara
Em parcerias público-privadas
Que te custam os olhos da cara

Fizeste a multiplicação dos pães
Sem teres dinheiros nenhuns
Mas agora quem paga somos nós
O negócio, que foi só de alguns

Não o largavam os patos bravos
Como lobos a cercarem o bicho
Negócio feito, deitaram-no abaixo
Veio a Moody?s deitou para o lixo

Mas ninguém pode dar o salto
Maior, do que a perna que tem
Quem come tudo, que tem hoje
Não vai ter que comer, amanhã

Meu Portugalinho pequenino
Já tens mais, do que é preciso
Tens quase 900 anos de idade
Já tinhas idade para ter juízo

Oh Portugalinho de Barcelos
Já perdeste o teu cantar altivo
Agora tens de pagar a dívida
Ou ainda, te vão depenar vivo

Foram estádios e autoestradas
Expo, TGV, aeroportos parados
Pontes, túneis, Casa da música
Tudo com valores multiplicados

Fizeste negócios ruinosos
Bancos falidos e corrupção
Mas quem vai pagar a dívida
Somos nós, até à 5ª geração

268-O país onde é proibido rir

Vive o país em clima de crise e tristeza e veio agora o Primeiro Ministro proibir o Carnaval. É caso para dizer é aguentar e cara triste. Sobre esse tema eu escrevi este poema:

Com o país mergulhado na crise
Farto de promessas não cumpridas
Carregado de taxas, e de impostos
Querem tirar o riso às nossas vidas

E vem agora o Primeiro Ministro
Proibir o Carnaval, uma asneira
Quer mostrar um país de trabalho
Onde ele, não admite brincadeira

Mas se tristezas não pagam dívidas
Proibir o Carnaval é um mistério
Quer o Primeiro Ministro mostrar
Que este Portugal, é um país sério

É muito triste viver num país
Onde até o riso é controlado
Qualquer dia ainda vamos ter
O riso do povo, nacionalizado

Cabe ao Governo e ao Presidente
O exclusivo de dizer umas chalaças
Porque este povo é chocarreiro
E ainda goza com as desgraças

Deu vontade de rir um ministro
Dizer aos professores para emigrar
Que devem procurar outro país
Que aqui, não há a quem ensinar

Outro ministro convidou os jovens
A sairem da sua zona de conforto
E partirem pelo mundo à aventura
Que Portugal,está a dar pró torto

Mas melhor foi o Presidente
A lamentar-se das suas pobrezas
Que as várias reformas juntas
Já não chegam para as despesas

Pede o Primeiro Ministro sem rir
Mais sacrifícios do que é preciso
Com tanto zelo ainda nos vai criar
Algum novo imposto, sobre o riso

domingo, 8 de abril de 2012

148-Sebastião da Gama, aniversariante de Abril

Este poema é uma homenagem a um grande poeta, professor e humanista. Sebastião da Gama, aniversariante de Abril.

Sebastião da Gama nasceu
Em Setúbal, na vila de Azeitão
Fez da Arrábida a sua amada
Seu grande amor e sua paixão

A serra da Arrábida foi para ele
O seu grande amor da sua vida
Que ele canta nos seus poemas
Com uma sensibilidade sentida

Liga de Protecção da Natureza
Foi obra criada, pela sua mão
Para proteger a Mãe-Natureza
Que ele amava, com devoção

Quando ele nasceu em Abril
Estavam os campos em flor
A Primavera era uma donzela
À espera do seu grande amor

Sebastião da Gama foi poeta
Grande humanista e professor
Em Lisboa, Setúbal e Estremoz
Deu provas de grande educador

Ele conta as suas experiências
No seu "Diário" desde criança
Escreveu o livro "Serra-Mãe"
E "O Cabo da Boa Esperança"

Protegeu a Natureza que amou
Porque sabia que estava certo
Escreveu: "Itinerário Paralelo"
E também o "Campo Aberto"

A sua Casa-Museu em Azeitão
Lembra o poeta todos os anos
Nos livros "O segredo de Amar"
E "É pelo sonho que vamos"

Parabéns aos aniversariantes
Do mês de Abril e das flores
Tenham muitos anos de vida
E muita felicidade aos amores

273-Em nome da verdade

Em tempo de Páscoa é bom saber o que vale a pena comemorar. Sobre a Páscoa eu escrevi este poema. Leiam e comentem:

Serve este poema para lembrar
O que há muitos anos aconteceu
Alguém amante da humanidade
Foi condenado à morte e morreu

Foi crucificado em Jerusalém
Um homem de 33 anos de idade
Crucificado como rei dos judeus
Acusado de ser amante da verdade

Foi um homem verdadeiro
Grande defensor da verdade
Pela verdade ele deu a vida
Para salvar a humanidade

Amparou os fracos e enfermos
Defendeu a todos da má sorte
Foi perseguido pelos poderosos
E estes, o condenaram à morte

Os poderosos usam a mentira
Para calar quem fale verdade
Para não pôr em causa o poder
Feito de enganos e de falsidade

Com mentiras ele foi acusado
E todos os justos se calaram
Ninguém saiu em sua defesa
E pelo silêncio o condenaram

Andamos todos preocupados
Com a maldade em vários tons
Mas hoje, o que mais preocupa
É este silêncio pesado dos bons

Não é fácil viver em verdade
Nos tempos que hoje correm
Ainda há homens e mulheres
Por amor à verdade, morrem

Na última Ceia disse aos discípulos
Sentindo que a vida chegava ao fim
"Tomai e bebei, isto é o meu corpo
E fazei isto, em memória de mim"