segunda-feira, 27 de agosto de 2012

274 - O BIG BROTHER JÁ CÁ CHEGOU

Orwell já o tinha anunciado há muito tempo e hoje é vísivel em toda a parte dentro e fora de empresas, centros comerciais, auto-estradas e em casa particulares a espionagem é global. Leiam e comentem.


O Big Brother já cá chegou
Como Orwell tinha anunciado
Mil câmaras nos espreitam
Um pouco por todo o lado

Voltou o tempo dos espiões
Da Guerra Fria e da ditadura
Escutam-nos atrás das portas
E pelo buraco da fechadura

Há câmaras secretas e às claras
Dizem que é para nossa segurança
Mas alguém se vai sentir seguro
No meio de tanta desconfiança?

Há uns que espiam por inveja
Outros espiam por curiosidade
Mas também há quem nos espie
Por ter suspeita de infidelidade

Espiam-nos no espaço público
Como nos espiam no privado
Há os que avisam e outros não
Sorria, você está a ser espiado

Há quem defenda a privacidade
E há também quem não a tema
Fazem tudo para dar nas vistas
Como sendo artistas de cinema

Espiam-nos nas auto-estradas
Nas ruas e centros comerciais
Por dentro e fora dos bancos
E espiam-nos nas redes sociais

Câmaras são polícias de serviço
Espalhadas por todo o Portugal
Mas que estranha democracia
Mais parece um Estado policial

Este povo não sabe nem sonha
Quanto estamos a ser vigiados
E eles espiam as nossas vidas
Sem sermos vistos nem achados

António Silva, Abril de 2012

segunda-feira, 4 de junho de 2012

77-Fernando Pessoa

No mês da passagem de mais um aniversário do poeta Fernando Pessoa, dedico a todos os aniversariantes do mês de Junho.Leiam e comentem:
I
Nasceu em 13 de Junho de 1888
No Largo de S. Carlos em Lisboa
Foi poeta, escritor e jornalista
De seu nome, Fernando Pessoa
II
Viveu e estudou na África do Sul
Onde teve uma educação inglesa
Defendeu a sua Pátria de sempre
A sua amada, língua portuguesa
III
Conheceu pessoas importantes
E teve delas boas lembranças
Mas o melhor que há no mundo
O melhor? São as crianças !
IV
Nunca casou, não teve filhos
Mas nunca conheceu a solidão
Ele criou uma grande família
Todos filhos da sua imaginação
V
Alberto Caeiro, Álvaro Campos
São alguns filhos da sua pena
Um homem é sempre grande
Quando a alma, não é pequena
VI
Surpreendem os seus poemas
Só comparáveis aos de Camões
Ele criou vários heterónimos
Ninguém sabe porque razões
VII
"Todos os dias são meus
Do nascer até ao morrer"
Dos 47 anos que ele viveu
Ainda há muito por saber
VIII
Fez da bebida sua companheira
Porque se julgava mais forte
Mas a bebida é má conselheira
Em vez da vida, deu-lhe a morte
IX
Parabéns aos aniversariantes
Do mês dos Santos Populares
Mês de Junho, um país em festa
Uma festa, em todos os lugares

domingo, 15 de abril de 2012

224-Estado Novo, 50 anos de ditadura

Aproximamos de mais um aniversário do 25 de Abril, é bom mostrar aos mais jovens o que foi o antigo regime que deu lugar ao 25 de Abril, para eles compreenderem a história do país.

Salazar criou um Estado Novo
Todo feito com ideias velhas
E guardou-o como um pastor
Guarda um rebanho de ovelhas

Salazar recuperou as finanças
Deixou muito oiro como herança
Foi o preço de 50 anos de vida
Sem liberdade, nem esperança

País atrasado e sem liberdade
No trabalho, na escola, na rua
Salazar não admitia opiniões
Que fossem diferentes da sua

Salazar prendia e torturava
E mostrou com essas atitudes
Que a ditadura do Estado Novo
Nunca foi, um poço de virtudes

Aljube,Tarrafal, Peniche, Caxias
Prisões politicas de má memória
Foram lá escritas com sangue
Páginas negras da nossa história

Salazar foi um hábil negociador
Agradou a gregos e a troianos
Não fomos à guerra da Europa
Fomos à guerra d'África 13 anos

Governou com mão de ferro
Uma ditadura suave de veludo
Tivemos um país sem direitos
Porque a Pide controlava tudo

Nesse tempo havia emprego
Dizem muitos, mas sem razão
Um milhão emigrou p'rá Europa
Porque cá, não ganhava o pão

Salazar quis parar o tempo
E fez tudo a bem da Nação
Mas o tempo veio a mostrar
Que Salazar, não tinha razão

263-A dívida é património imaterial de Portugal

agora que nos estão a vender as empresas tudo para pagar as dívidas rsta-nos a dívida como património imaterial de Portugal.

Oh Portugalinho de Barcelos
Viveste num mundo de ilusões
Endividaste-te mais que devias
E estás entregue aos tubarões

Construiste pontes e estradas
Obras sem dinheiro, coisa rara
Em parcerias público-privadas
Que te custam os olhos da cara

Fizeste a multiplicação dos pães
Sem teres dinheiros nenhuns
Mas agora quem paga somos nós
O negócio, que foi só de alguns

Não o largavam os patos bravos
Como lobos a cercarem o bicho
Negócio feito, deitaram-no abaixo
Veio a Moody?s deitou para o lixo

Mas ninguém pode dar o salto
Maior, do que a perna que tem
Quem come tudo, que tem hoje
Não vai ter que comer, amanhã

Meu Portugalinho pequenino
Já tens mais, do que é preciso
Tens quase 900 anos de idade
Já tinhas idade para ter juízo

Oh Portugalinho de Barcelos
Já perdeste o teu cantar altivo
Agora tens de pagar a dívida
Ou ainda, te vão depenar vivo

Foram estádios e autoestradas
Expo, TGV, aeroportos parados
Pontes, túneis, Casa da música
Tudo com valores multiplicados

Fizeste negócios ruinosos
Bancos falidos e corrupção
Mas quem vai pagar a dívida
Somos nós, até à 5ª geração

268-O país onde é proibido rir

Vive o país em clima de crise e tristeza e veio agora o Primeiro Ministro proibir o Carnaval. É caso para dizer é aguentar e cara triste. Sobre esse tema eu escrevi este poema:

Com o país mergulhado na crise
Farto de promessas não cumpridas
Carregado de taxas, e de impostos
Querem tirar o riso às nossas vidas

E vem agora o Primeiro Ministro
Proibir o Carnaval, uma asneira
Quer mostrar um país de trabalho
Onde ele, não admite brincadeira

Mas se tristezas não pagam dívidas
Proibir o Carnaval é um mistério
Quer o Primeiro Ministro mostrar
Que este Portugal, é um país sério

É muito triste viver num país
Onde até o riso é controlado
Qualquer dia ainda vamos ter
O riso do povo, nacionalizado

Cabe ao Governo e ao Presidente
O exclusivo de dizer umas chalaças
Porque este povo é chocarreiro
E ainda goza com as desgraças

Deu vontade de rir um ministro
Dizer aos professores para emigrar
Que devem procurar outro país
Que aqui, não há a quem ensinar

Outro ministro convidou os jovens
A sairem da sua zona de conforto
E partirem pelo mundo à aventura
Que Portugal,está a dar pró torto

Mas melhor foi o Presidente
A lamentar-se das suas pobrezas
Que as várias reformas juntas
Já não chegam para as despesas

Pede o Primeiro Ministro sem rir
Mais sacrifícios do que é preciso
Com tanto zelo ainda nos vai criar
Algum novo imposto, sobre o riso

domingo, 8 de abril de 2012

148-Sebastião da Gama, aniversariante de Abril

Este poema é uma homenagem a um grande poeta, professor e humanista. Sebastião da Gama, aniversariante de Abril.

Sebastião da Gama nasceu
Em Setúbal, na vila de Azeitão
Fez da Arrábida a sua amada
Seu grande amor e sua paixão

A serra da Arrábida foi para ele
O seu grande amor da sua vida
Que ele canta nos seus poemas
Com uma sensibilidade sentida

Liga de Protecção da Natureza
Foi obra criada, pela sua mão
Para proteger a Mãe-Natureza
Que ele amava, com devoção

Quando ele nasceu em Abril
Estavam os campos em flor
A Primavera era uma donzela
À espera do seu grande amor

Sebastião da Gama foi poeta
Grande humanista e professor
Em Lisboa, Setúbal e Estremoz
Deu provas de grande educador

Ele conta as suas experiências
No seu "Diário" desde criança
Escreveu o livro "Serra-Mãe"
E "O Cabo da Boa Esperança"

Protegeu a Natureza que amou
Porque sabia que estava certo
Escreveu: "Itinerário Paralelo"
E também o "Campo Aberto"

A sua Casa-Museu em Azeitão
Lembra o poeta todos os anos
Nos livros "O segredo de Amar"
E "É pelo sonho que vamos"

Parabéns aos aniversariantes
Do mês de Abril e das flores
Tenham muitos anos de vida
E muita felicidade aos amores

273-Em nome da verdade

Em tempo de Páscoa é bom saber o que vale a pena comemorar. Sobre a Páscoa eu escrevi este poema. Leiam e comentem:

Serve este poema para lembrar
O que há muitos anos aconteceu
Alguém amante da humanidade
Foi condenado à morte e morreu

Foi crucificado em Jerusalém
Um homem de 33 anos de idade
Crucificado como rei dos judeus
Acusado de ser amante da verdade

Foi um homem verdadeiro
Grande defensor da verdade
Pela verdade ele deu a vida
Para salvar a humanidade

Amparou os fracos e enfermos
Defendeu a todos da má sorte
Foi perseguido pelos poderosos
E estes, o condenaram à morte

Os poderosos usam a mentira
Para calar quem fale verdade
Para não pôr em causa o poder
Feito de enganos e de falsidade

Com mentiras ele foi acusado
E todos os justos se calaram
Ninguém saiu em sua defesa
E pelo silêncio o condenaram

Andamos todos preocupados
Com a maldade em vários tons
Mas hoje, o que mais preocupa
É este silêncio pesado dos bons

Não é fácil viver em verdade
Nos tempos que hoje correm
Ainda há homens e mulheres
Por amor à verdade, morrem

Na última Ceia disse aos discípulos
Sentindo que a vida chegava ao fim
"Tomai e bebei, isto é o meu corpo
E fazei isto, em memória de mim"

domingo, 18 de março de 2012

254-A dívida do nosso descontentamento

Não se fala noutra coisa senão na dívida e por isso também a dívida é tema de poemas, como este:

Endividaram-se os países
E endividaram-se as pessoas
Porque tinham vidas más
Mas queriam ter vidas boas

Fazer vida rica, é coisa boa
É ir à frente, ser o primeiro
Mas essa vida é muito cara
E precisa de muito dinheiro

Muitos pobres já tentaram
Essa fascinante experiência
Mas poucos enriqueceram
A maioria foi toda à falência

Ficam os pobres deslumbrados
Com a vida dos ricos e nobres
Só não sabem que, por cada rico
São precisos mais de mil pobres

As pessoas não são todas iguais
Mas a desigualdade é exagerada
Para os ricos terem vida de ricos
Os pobres têm pouco, quase nada

Não há tão grandes diferenças
Para tão grandes disparidades
E os ricos não trabalham tanto
Que justifique tais desigualdades

Tanto pobre, por cada rico
Mas a riqueza não cai do ar
Nós sabemos que a maioria
Não enriqueceu a trabalhar

Está a riqueza mal distribuída
Isso torna injusta a sociedade
E faz-nos corar de vergonha
Tanta pobreza e desigualdade

As dívidas que só uns fizeram
Trazem hoje o país descontente
Os lucros foram só para alguns
E prejuízos, para toda a gente

270-A violência doméstica existe. Porquê?

Neste mês de Março em que se celebra o Dia da Mulher, escrevi este poema que afecta muitas mulheres no mundo. Em vez de falar dos efeitos dessa violência, eu interrogo-me porque razão existe, quais as causas?

A violência doméstica existe
Vive connosco, lado a lado
Casais que se desentendem
Como acontecia no passado

Explique-me quem souber
A causa de tanta maldade
Mas que causas justificam
Tão grande barbaridade?

Insultos e desentendimentos
E tanta discussão irracional
Será teimosia ou mau feitio
Mas onde é que está o mal?

Se toda a sociedade é violenta
Também é violento o nosso viver
Onde o sonho de todos é poder
Trabalhar, consumir ou morrer

Será devido ao desemprego?
Aos trabalhos mal remunerados
Às longas viagens casa-emprego
Ou aos transportes superlotados

Vidas de luta e competição
Em guerras permanentes
Filhos criados ao Deus-dará
Em casa de pais ausentes

Vidas repetidas, estereotipadas
Onde a nossa paciência se esvai
Falta o dinheiro para a prestação
E o totoloto, que nunca mais sai

Vivemos numa corrida louca
Onde não há tempo para nada
O amor é apressado e violado
Porque a mulher está cansada

Mas se o homem não é de ferro
A mulher também não aguenta
E um dia por dá cá aquela palha
Vem a tempestade e...Rebenta!

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

226-Direitos de cidadania

"Casa onde não há pão todos ralham e ninguém tem razão".

Mas quem não contribuí para a resolução dos problemas colectivos, terá de se contentar com aquilo que os outros resolverem. Por isso é importante a participação cívica dos cidadãos na resolução dos problemas colectivos. Este poema fala disso mesmo. Leiam e comentem.

Em democracia não há eles
Em democracia só há nós
Façamos um futuro melhor
Que fizeram os nossos avós

...........................................

Consumir é como votar
Cada um, decide como quer
As consequências virão depois
Daquilo que cada um, fizer

............................................

Não compre só por comprar
Não ceda ao apelo, compre já!
Tudo que é feito gasta recursos
Hoje há, mas amanhã, haverá?

.............................................

Tudo o que se desperdiça
E que não faz falta a você
Faz sempre falta a alguém
Se tem, não desperdice, dê

..........................................

Inovar é pensar diferente
Não se acomode, aprenda
Procure novas soluções
Seja positivo, surpreenda

..........................................

Lamentar não resolve nada
Já sei essa cantiga de cor
Simplifique, inove, sugira
Mas faça um mundo melhor

.........................................

Quem não participa em nada
Quem reclama tudo sem razão
É cúmplice do que não deseja
Porque se demitiu de cidadão

............................................

Os direitos não caem do céu
São fruto duma longa batalha
Não tem direito, a ter direitos
Quem não mexeu uma palha

...........................................

É tão bom exigir dos outros
Aquilo que a gente não faz
Os outros, resolvem-nos tudo
E nós? Nós, vivemos em paz

............................................

António Silva
Junho de 2011

261-O palavrão é uma arma

Falar mal, dizer asneiras, faz parte da linguagem agressiva que marca as relações sociais das sociedades modernas. Ouvimo-las nas escolas, na estrada, nos estádios, na rua. É um fenómeno que tem vindo a expandir-se, e que nem as mulheres escapam a esta moda malcriada. Leiam e comentem:

Os palavrões não são palavrinhas
Melodiosas, suaves bonitas de ler
São como as setas envenenadas
Bem violentas para fazer sofrer

..............................................

Os palavrões são como pedras
Usadas como arma de arremesso
São moeda de troca, no dia a dia
Que põe toda a moral do avesso

..................................................

Palavrões, eram coisa só de homens
Palavras carregadas de sexo, viris
Ditas fora do alcance das crianças
Para não ferir seus ouvidos infantis

..................................................

As crianças aprendem na escola
Palavrões vazios de inocência
Que usam sonoros, como tiros
Carregados de raiva e violência

................................................

Esta não é linguagem de santos
E que ninguém, no altar os ponha
Dizem palavrões de fazer corar
Qualquer adulto, com vergonha

................................................

Antigamente havia mais decoro
Linguagem nivelada por baixo
Fazia parte do negócio do sexo
Usado pela fêmea e pelo macho

...............................................

Já nem as mulheres escapam
A esta linguagem desbragada
Elas abusam dela a toda a hora
Alinham nesta moda malcriada

..............................................

E nós ouvimos a cada passo
Na escola, na rua, no trabalho
Palavrões que andam pelo ar
Cobrindo a todos de enxovalho

..............................................

Esta agressividade da sociedade
Faz parte desta louca competição
Vale tudo, o pontapé e a canelada
E o palavrão é usado à descrição

...............................................

António Silva

Fevereiro de 2012

131-Tu ainda não viste o padeiro

Chega o Carnaval e esquecem-se os problemas e volta a animação e até os poetas se tornam mais brejeiros para alegrar as populações. Foi com esse espírito que escrevi este poema.

Leiam e comentem.

.............................................................

"Tu ainda não viste o padeiro? "
Diz o povo, cheio de malandrice
Todos dizem que sim, que viram
Mesmo quem, ainda o não visse

..............................................

O padeiro faz bolas e cacetes
Amassa o pão bem amassado
Conta com a ajuda da mulher
Que o mantém, bem acordado

............................................

Enche a barriga a muita gente
Tanto homens, como mulheres
Trabalha o padeiro toda a noite
Não falte o pão, quando quiseres

...............................................

O padeiro, nunca trabalha só
Conta com a ajuda da mulher
Ela mete e tira o pão do forno
Quantas vezes o marido quiser

...............................................

Mais de mil bolas e cacetes
Ela meteu e tirou do forno
Mas há quem diga que ela
Não faz a ponta, dum corno

..........................................

Mas se o pão não fica igual
Diz o padeiro mal da sua vida
Ninguém quer bolas e cacetes
Que estejam fora, da medida

.............................................

Há muita gente que aprendeu
A fazer como o padeiro fazia
Começam logo de madrugada
E só acabam para o fim do dia

..............................................

Há os que têm jeito para isso
Que a prática, tudo melhora
Há uns que cozem pão em casa
E há outros que vão cozê-lo fora

...............................................

Mais importante é que no fim
Haja pão, para quem consome
Mesmo sem ter visto o padeiro
Ninguém, vai morrer de fome

............................................

António Silva

Janeiro de 2010

41-Almeida Garrett aniversariante de Fevereiro

Lembrar hoje a figura de Almeida Garrett, o politico, o escritor, o romântico, o homem de teatro, o militar, no mês do seu aniversário, aqui fica a minha homenagem ao primeiro romântico português.

Leiam e comentem:



Almeida Garrett, nasceu
No Porto a 4 de Fevereiro
João Baptista da Silva Leitão
Era o seu nome verdadeiro

..............................................

Almeida Garrett poeta e escritor
Escreveu teatro, prosa e poesia
Fundou o Conservatório Nacional
O Panteão e o Teatro D. Maria

...............................................

Almeida Garrett, foi um dandy
Viajou na Europa e nos Açores
Amou a Viscondessa da Luz
Foi romântico de muito amores

................................................

Escreveu Viagens na minha terra
No campo do Vale de Santarém
D. Branca, Adozinda e Lucrécia
Garrett escreveu Camões também

.................................................

No parlamento foi óptimo orador
O discurso, nunca o compromete
Ele foi nomeado por D. Pedro IV
Como Visconde de Almeida Garrett

...................................................

Garrett desembarcou no Mindelo
Com os liberais ele cercou o Porto
Ele esteve exilado em Inglaterra
Quando a coisa, deu p'ró torto

..................................................

Escreveu o Frei Luís de Sousa
Sua obra dramática magistral
Onde ele, pergunta ao romeiro
Se não é ele, D. João de Portugal

...................................................

Estão de parabéns todos aqueles
Que nasceram no mês de Fevereiro
Sejam românticos como Garrett
Que em Portugal, foi o primeiro

...................................................

Sejam amantes da Natureza
E dos seus campos em flor
E no seu coração borbulhante
Nasça um forte e intenso amor

................................................

António Silva

Fevereiro de 2009

domingo, 8 de janeiro de 2012

Poema: Vieram cantar as Janeiras

Chega Janeiro e voltamos a ouvir cantar um pouco por todo o país as janeiras, sobre esta tradição eu fiz este poema dedicado a um grupo de pessoas que ouvi cantar as janeiras, espero que gostem, leiam e comentem.



Juntaram às suas vozes
Muita vontade de cantar
Vieram cantar ao Menino
Belas cantigas de embalar

Não são reis, nem rainhas
Vieram pelo seu próprio pé
Vieram cantar as janeiras
E mostrar à gente, como é

Tanta gente, tanta alegria
Tantas vozes, para ensaiar
Valeu a pena esse trabalho
Para a todos nós encantar

Muitas vozes, tantas vozes
Tantos corações a palpitar
Eu vi muitas bocas a sorrir
E vi muitos olhos a brilhar

Nas mãos traziam prendas
Prendas valiosas de verdade
Numa mão traziam a alegria
E na outra mão, a amizade

Vieram cantar as janeiras
Neste mês frio de Janeiro
Fiquem, não vão embora
Cantem-nos o ano inteiro

O Carnaval é já em Fevereiro
Cantem em Março a Primavera
Em Abril cantem a liberdade
E Maio voltará a ser o que era

Cantem marchas em Junho
No S. António e no S. João
Descansem em Julho e Agosto
Dos calores do nosso Verão

Cantem vindimas em Setembro
Em Outubro o Outono a chegar
E o S. Martinho em Novembro
E cantem o Natal, para acabar

Poema Festa do Reis ao Deus Menino de Belém

Para o dia de Reis, eu escrevi este poema em Janeiro de 2009. Espero que gostem, leiam e comentem.


Vieram de muito longe
Como todos bem sabeis
Adorar o Deus menino
Que foi Rei, entre os reis


Ele nasceu num estábulo
Pobre no meio da pobreza
A sua mensagem de amor
Era a sua maior riqueza


"Eu sou a verdade e a vida"
Disse aos desvalidos da sorte
E da sua palavra se fez luz
E afastou as trevas da morte


Defendeu os pecadores
Cristo a todos deu perdão
Prometeu um mundo novo
Ele foi o Rei da Conciliação


Fez a multiplicação dos pães
Repartindo-os com igualdade
A sua vida foi um exemplo
Ele foi Rei da solidariedade


Aos pobres e aos oprimidos
Deu palavras de confiança
Queria um mundo mais justo
Ele foi o rei da Esperança


Ele curou os enfermos
E a todos deu atenção
E a caridade fez dele
Rei da nossa Salvação


Ele espalhou pelo mundo
A sua mensagem de Rei
"Amai-vos uns aos outros
Como eu, sempre vos amei"


Teve amigos e inimigos
Foi traído por um dos seus
Os carrascos o crucificaram
Como o Rei, dos Judeus