Chega o Carnaval e esquecem-se os problemas e volta a animação e até os poetas se tornam mais brejeiros para alegrar as populações. Foi com esse espírito que escrevi este poema.
Leiam e comentem.
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"Tu ainda não viste o padeiro? "
Diz o povo, cheio de malandrice
Todos dizem que sim, que viram
Mesmo quem, ainda o não visse
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O padeiro faz bolas e cacetes
Amassa o pão bem amassado
Conta com a ajuda da mulher
Que o mantém, bem acordado
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Enche a barriga a muita gente
Tanto homens, como mulheres
Trabalha o padeiro toda a noite
Não falte o pão, quando quiseres
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O padeiro, nunca trabalha só
Conta com a ajuda da mulher
Ela mete e tira o pão do forno
Quantas vezes o marido quiser
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Mais de mil bolas e cacetes
Ela meteu e tirou do forno
Mas há quem diga que ela
Não faz a ponta, dum corno
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Mas se o pão não fica igual
Diz o padeiro mal da sua vida
Ninguém quer bolas e cacetes
Que estejam fora, da medida
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Há muita gente que aprendeu
A fazer como o padeiro fazia
Começam logo de madrugada
E só acabam para o fim do dia
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Há os que têm jeito para isso
Que a prática, tudo melhora
Há uns que cozem pão em casa
E há outros que vão cozê-lo fora
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Mais importante é que no fim
Haja pão, para quem consome
Mesmo sem ter visto o padeiro
Ninguém, vai morrer de fome
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António Silva
Janeiro de 2010
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