Não se fala noutra coisa senão na dívida e por isso também a dívida é tema de poemas, como este:
Endividaram-se os países
E endividaram-se as pessoas
Porque tinham vidas más
Mas queriam ter vidas boas
Fazer vida rica, é coisa boa
É ir à frente, ser o primeiro
Mas essa vida é muito cara
E precisa de muito dinheiro
Muitos pobres já tentaram
Essa fascinante experiência
Mas poucos enriqueceram
A maioria foi toda à falência
Ficam os pobres deslumbrados
Com a vida dos ricos e nobres
Só não sabem que, por cada rico
São precisos mais de mil pobres
As pessoas não são todas iguais
Mas a desigualdade é exagerada
Para os ricos terem vida de ricos
Os pobres têm pouco, quase nada
Não há tão grandes diferenças
Para tão grandes disparidades
E os ricos não trabalham tanto
Que justifique tais desigualdades
Tanto pobre, por cada rico
Mas a riqueza não cai do ar
Nós sabemos que a maioria
Não enriqueceu a trabalhar
Está a riqueza mal distribuída
Isso torna injusta a sociedade
E faz-nos corar de vergonha
Tanta pobreza e desigualdade
As dívidas que só uns fizeram
Trazem hoje o país descontente
Os lucros foram só para alguns
E prejuízos, para toda a gente
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