Toda a gente os viu, toda a gente os conhece, eles andam por aí, em toda a parte, e quase sempre aparecem nos sítios onde menos interessa.
Nestes tempos do corre-corre, de gente apressada, há sempre alguém que se atravessa no caminho e que tem todo o tempo do mundo, e nos olham com cara espantada, para quem anda apressado, são os empatas da nossa vida.
Sobre os empatas eu escrevi, em Março de 2010, este poema:
"Empatas e empecilhos".
Espero que gostem e comentem.
Os empatas não se demitem
Da nobre missão de estorvar
O mundo não precisa deles
Mas eles, insistem em empatar
Gostam de parar nas esquinas
Óptimo sítio para conversar
Parados no meio dos passeios
Não deixam ninguém passar
Condutores de fim-de-semana
Parece a corte do rei a passar
Levam atrás de si um cortejo
Não andam, nem deixam andar
E temos aquela gente importante
Cuja importância não transparece
Sempre pronta a dar uma opinião
Que não aquece, nem arrefece
Para não falar no Chico Esperto
Mais esperto que toda a gente
Que conhece todos os atalhos
Para nos passar à nossa frente
Os maiores são os fanfarrões
Falam falam e não fazem nada
A falar, ninguém os leva presos
Com a sua lenga-lenga, fiada
Mas o invejoso não tem rival
Não é criança nem é homem
Passa a vida inteira a invejar
O pão que os outros comem
E temos os juízes de conflitos
Que para tudo, têm solução
Resolvem problemas alheios
Mas os seus, esses? é que não
Os paspalhos e empecilhos
Andam sempre à nossa frente
Têm na vida, a nobre missão
De empatarem, toda a gente
António Silva
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