Comemorou-se no dia 5 de Outubro a Implantação da República, facto que para todos nós pertence ao passado e que a muitos diz pouco.
Por isso achei melhor apresentar o Centenário da "fábrica" que "fabrica" tachos e que chegou até aos nossos dias com todas a vicissitudes do mercado e da gestão dificil num mundo globalizado, a história da fábrica, corre paralela à história do país e por isso há grande coincidência de factos que afectam ambos. Como a "fábrica" ainda se mantêm em laboração é fácilmente reconhecida por todos nós e a todos nós diz respeito como contribuintes. Foi para comemorar o centenário da dita "fábrica" que fiz este poema.
A República fabrica tachos
Como fabricava a monarquia
Mas fábrica que gasta demais
Pode ir à falência qualquer dia
Assim aconteceu na monarquia
A Real Fábrica de tachos faliu
Houve despedimentos e tudo
Mas logo a República a abriu
Era a maior fábrica de então
Dos bons tempos antanhos
Só entrava a elite da nobreza
Como o Conde de Abranhos
Mas o bem, não dura sempre
O mercado, já não é referência
A procura é maior que a oferta
A fábrica, um dia vai à falência
E para satisfazer a procura
Abriram um série de sucursais
Institutos e empresas públicas
Já não chegam, querem mais
O Estado somos, todos nós
Ouvimos dizer tantas vezes
Cada eleitor é um pagante
Dos reais tachos portugueses
Há profissionais do tacho
Que servem a dois senhores
Voam de partido em partido
Como abelhas, entre flores
Na vida há sempre um mas
E um dia, é que vão ser elas
É fácil enganar o Zé Povinho
Mas não se engana Bruxelas
Vem aí a China endinheirada
Comprar a fábrica portuguesa
Quer lá todos os portugueses
A trabalhar, à moda chinesa
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