Começou o novo ano e em Janeiro começaram a aparecer os efeitos dos cortes no Orçamento do Estado, achei por isso oportuno, dar uma visão poética sobre o assunto.
Pelos desgovernos deste Governo
Não põe o povo, as mãos no lume
Porque quando a crise bate à porta
Quem paga, são os mesmos do costume
É assim neste mundo imperfeito
Desde a antiguidade até agora
Os pobres pagam os impostos
E os ricos, ficam sempre de fora
Começa o governo a fazer cortes
E começa logo pelo lado errado
Mais parece o papel higiénico
Que nunca corta pelo picotado
O governo talha o fato ao pobre
Talha o destino e talha o menu
Deixa o pobre, ainda mais pobre
De cinto apertado e quase nu
O governo corta em todo o lado
Mas corta sempre nos de baixo
Só não corta nas mordomias
Nos gestores que têm um tacho
Gestor prevenido vale por dois
Parte e reparte ele faz as normas
Como bom julgador a si se julga
E atribui a si, chorudas reformas
Farta-se o governo de cortar
Na despesa alheia, não na sua
Mas por mais cortes que faça
A crise não acaba, continua
Com a crise que o país tem
Nestes tempos tão mauzinhos
Já ninguém quer fazer filhos
Eles que se façam, sozinhos
Cortam no papel da fotocópia
No papel higiénico e no jornal
Com tanto corte neste país
Mudem o nome para Cor-tu-gal
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário