domingo, 2 de maio de 2010

Poema: Vivemos uma vida de enganos

Parece um paradoxo, mas muitas das nossas convicções, assentam em crenças, mitos, ou aparências que estão longe da verdade. Há mesmo pesoas autoconvencidas serem donas da verdade, e assim vivem convencidas. Porque como diz o ditado que nem tudo o que brilha é ouro, também na nossa vida nem tudo o que pensamos que é, realmente é. Acerca disso eu fiz este poema.

Vivemos uma vida de enganos
Segundo o nosso parecer
As coisas não são, o que são
São aquilo, que parecem ser

Enganam-se os gulosos
Com papas e com bolos
Só para encherem a barriga
Até fazem figura de tolos

Há quem diga que os favores
Não custam nada, é uma ilusão
Os favores pagam-se toda a vida
Os favores, custam um dinheirão

O hipócrita tem duas caras
Para agradar a toda a gente
Hoje, diz uma coisa por trás
Amanhã, diz outra pela frente

O mentiroso é um fingidor
Mente e jura pela alma da mãe
Até dá a sua palavra de honra
Da honra, que ele não tem

Conta o Vigário que vai perder
Tudo o que o Otário, pode ganhar
Perde o Otário, porque acredita
Que o Vigário, se deixa enganar

Quem exige tão pouco de si
Não devia de levantar a voz
Quando exigimos tudo dos outros
Deveríamos começar, por nós

O reconhecimento é um espelho
Onde vemos a nossa imagem
Todos querem ser reconhecidos
Ninguém quer ficar à margem

Mas quantas guerras se travam
Em nome da justiça e da razão
Quantos interesses se escondem
Por detrás duma boa intenção?

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