Chega o Verão e aumentam o número de desastres na estrada, não são acidentes como lhe chamamos, a maioria deles não acontecem por acaso, eles são um desastre para as vítimas, eles destroem vidas e famílias.Os seus causadores, muitas vezes, continuam alheios ao mal que fizeram, e continuam a conduzir impunemente, é urgente chamar os bois pelos nomes e atribuir as responsabilidades aos causadores destes crimes, a sociedade não pode continuar a ver morrer jovens e adultos, sem que nada se faça para contrariar esse flagelo. É disso que falo no meu poema.
Matar na estrada não é crime
Mesmo de forma negligente
Matar a tiro é homicídio
Matar na estrada é acidente
Com esta dualidade de critérios
Mata-se na estrada à vontade
E há tanta condução criminosa
Confiante da sua impunidade
Se quem matasse na estrada
Passasse um tempo na prisão
No futuro teria mais cuidado
E conduzia com mais atenção
Há condutores, como há peões
Portam-se como pessoas tontas
Não tem respeito por ninguém
Mas ninguém, lhes pede contas
Há comportamentos criminosos
De homicidas em potência
Matam e continuam a conduzir
Sem problemas de consciência
Não há castigo para tal crime
A família sente-se injustiçada
Morre o morto duas vezes
E o homicida, não sofre nada
Passar na passadeira não é
Um lugar seguro para o peão
Há ali tantos atropelamentos
Que até parece, contradição
Atribuem-se tantas medalhas
Por serviços prestados à Nação
Também os maus condutores
Deviam usar uma distinção
Se acham injusta tal medida
Arranjem outro tipo de sanção
Quem matasse na estrada
Seria posto fora da circulação
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