quinta-feira, 22 de julho de 2010

Poema: a minha poesia não é minha

Não é muito costume os poetas falarem da sua poesia. Cabe aos outros falarem dela, mas como há muitos leitores que insistem em chamar-me poeta e a porem-me nos píncaros da lua.
Eu estou apenas a aprender, eu escrevo para os outros, sou um poeta livre, não uso regras nos poemas, para mim o mais importante é a mensagem que quero transmitir. Neste poema eu falo do que entendo por poesia e como ela deve de ser, sem desprimor para outras formas de poesia, que respeito.
Serão sempre os outros a avaliar a valia dos meus poemas, neste poema eu falo disso mesmo.

A minha poesia não é minha
É de quem, quiser ler e escutar
É uma sombra que se oferece
A quem perto dela, se abeirar

Quando o poema tem valor
Não deixa ninguém indiferente
Poema é luz que alumia todos
E tem de mexer com a gente

É como a chuva bem chovida
E não, como chuva de enxurrada
Que arrasta tudo e tudo arrasa
Mas a terra, não absorve nada

O poema não é um labirinto
Onde não sabemos a saída
O poema deve falar claro
Deve de dar, sentido à vida

A poesia não é um código
Que poucos sabem entender
Eu escrevo poesia para todos
Poesia fácil de compreender

Não digo poemas por dizer
Quem fala, quer ser ouvido
Só as conversas de surdos
Não fazem qualquer sentido

O poema é como água corrente
Que se oferece a quem passar
Não é água em poço profundo
Onde poucos, lá podem chegar

Não faço poemas para mim
São para quem os quiser ler
Falo do que interessa a todos
E para todos, estou a escrever

Não quero fazer poemas à pressa
Com pressa de ver obra acabada
Pior que não fazer nada, é fazer
Poemas que não nos dizem nada

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